O deputado federal Luiz Couto (PT), membro da Comissão de Justiça e Direitos Humanos, esteve esta manhã (20), na sede do Grupo WSCOM, onde concedeu entrevista. Ele opinou sobre o momento de crise pelo qual passa o Brasil, a relação do Congresso com o Poder Executivo, além do drama e os efeitos da Operação Lava Jato, ainda em curso.

Para o deputado, a crise precisa ser enfrentada com destemor e transparência, só assim poderá trazer mudanças significativas. “O conflito é a base para que a vida possa surgir. O problema do país é que sempre há um abafamento da crise. É como uma panela de pressão que a gente tampa e fica tudo lá e aí ela explode depois num outro momento com mais intensidade quando ela não é resolvida claramente”.

Couto disse ainda que os problemas podem ser agravados pela incapacidade do ser humano em dialogar abertamente. “Temos a postura do duólogo, que é a conversa com o outro, ou do monólogo que ele conversa pra ele mesmo e acha que é o dono da verdade. A crise hoje instaurada, mais do que econômica ou sociopolítica é uma tensão efetivamente de humanidade. Nós formos perdendo valores e vamos assumindo aquela postura da hipocrisia, do farisaísmo, da gente querer se esconder e não expressar aquilo que a gente pensa e propor essas mudanças, mas, além disso, também, ficamos com aquele narcisismo exacerbado que é querer aparecer de qualquer maneira”, destacou.

Luiz Couto reafirmou que, “nesse aspecto a crise é profunda porque é uma crise de humanidade. Temos que recuperar valores que foram sendo eliminados. A questão do extremismo, da leitura fundamentalista vão destruindo valores. E isso precisa ser revisto”, avultou o deputado.

Ele finalizou a primeira parte da entrevista, pautando dois valores que considera importantes, que é a tolerância e o diálogo constante. “Nossa presidente procura sempre valorizar essas duas palavras e por em pratica, além disso, o respeito, o enfrentamento com destemor, a discussão e buscar maneiras de encontrar algo que seja comum, respeitando as divergências que cada um possa ter, é uma solução para a crise”, completou.