Paraíba

Cícero Lucena e Daniella Ribeiro lamentam burocracia para funcionamento de equipamentos no diagnóstico do câncer em JP

Segundo eles, Pet-SCAN e a Câmara Cintolográfica (Gama Câmara) do Hospital Napoleão Laureano estão sem funcionar


30/07/2020

Imagem reprodução - Cícero Lucena durante live

Portal WSCOM

Inaugurados em fevereiro, dois equipamentos de alta tecnologia para o diagnóstico precoce do câncer ainda não tiveram autorização para funcionar no Hospital Napoleão Laureano. O investimento foi de mais R$ 6 milhões, através de convênios viabilizados em emendas da bancada federal paraibana, porém, questões burocráticas junto à Secretaria Municipal de Saúde da Capital impedem que o Pet-SCAN e a Câmara Cintolográfica (Gama Câmara) possam servir a quem mais precisa.

A revelação do problema foi da senadora Daniella Ribeiro, durante uma live com o ex-senador Cícero Lucena. De acordo com a parlamentar progressista, com a posse de Thiago Lins como novo diretor-geral da unidade na quarta-feira (27), a solução deve começar a ser traçada para que o investimento seja finalmente utilizado para salvar vidas.

Cícero Lucena, que também contribuiu com emendas no período em que esteve no Senado, afirmou que é mais uma lamentável constatação da falta de resolutividade da atual gestão municipal. Segundo ele, o gestor moderno precisa estar à frente da solução dos problemas mais complexos. “Pode delegar, mas na hora de definir, quem deve estar perto e tomar a decisão firme é o prefeito. Quem precisa do atendimento não pode esperar”, comentou.

O bate-papo dos progressistas girou em torno da tecnologia que interfere em todas as áreas do conhecimento, e que será fundamental para a recuperação do processo de degradação causado pela pandemia da Covid-19. E o ponto de partida, na opinião deles, é pela educação. As escolas devem ser transformadas, aproveitando a experiência que os problemas de conectividade e acessibilidade aos conteúdos à distância para construir um novo modelo de ensino.

Imagem reprodução – Cícero Lucena e Daniella Ribeiro durante live

Segundo Cícero Lucena, as escolas correm o risco de perder o ano e terão de recuperar os prejuízos nos próximos anos. Para reduzir esse prazo, a tecnologia será uma aliada fundamental para encurtar distâncias e otimizar o aprendizado. “Se existia distância entre os rendimentos na rede pública e na privada, me preocupa que essa diferença seja alargada se não fizermos o resgate tecnológico. Não é uma questão desse ou daquele partido, deve ser um movimento de união pelo futuro dessa e das futuras gerações de estudantes”, defendeu.

Daniella Ribeiro comentou o projeto de lei que relata no Senado, que prevê a utilização dos recursos do fundo das telecomunicações (Fust) no desenvolvimento da tecnologia dentro do País. Essa destinação pode garantir a conectividade e ampliação do acesso dos estudantes à internet, permitindo que as distâncias do conhecimento sejam amenizadas.

A parlamentar também destaca que as escolas precisam da tecnologia de conexão, porém, a capacitação dos profissionais também é necessária. Ela citou exemplo de professores que lamentam as dificuldades para ministrar conteúdos à distância, por não terem recebido a qualificação adequada para tal missão.

Tecnologia para melhorar vida

O ex-senador Cícero Lucena afirmou que a tecnologia deve ser usada para melhorar a vida das pessoas e que ninguém pode ousar permitir retrocessos nesse processo de transformação da sociedade. As futuras gerações necessitam crescer em meio tecnológico e com as condições adequadas para desenvolver suas vidas com a modernidade.

Pré-candidato a prefeito, Cícero propõe a capacitação do corpo docente das escolas públicas para que num breve futuro, a rede pública possa ser incubadora de empresas tecnológicas. De acordo com ele, o maior objetivo de qualquer mudança deve ser melhorar as condições de vida do maior número de pessoas.

Cícero acredita que a semente deve ser plantada e, com união de vários esforços, incentivada para não se perder de vista. “Temos de desenvolver o caráter empreendedor já na escola básica. Vamos capacitar empreendedores tecnológicos. Mesmo que não seja na grade curricular, pode ser em grade complementar, em horários opostos aos das aulas normais”, comenta.



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