Futebol

Dunga mostra incômodo com Hulk; atacante pode ter outra chance “lá na frente”

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17/09/2014



A convocação do técnico Dunga na manhã desta quarta-feira para os dois próximos compromissos da seleção brasileira reservou duas surpresas nas laterais: Dodô (Inter de Milão) e Mário Fernandes (CSKA Moscou). E um incômodo: o corte de Hulk na convocação anterior. Em tom irônico, o treinador questionou o rápido retorno do atacante aos gramados em seu clube, o Zenit, da Rússia.

A assessoria do jogador se manifestou logo depois da coletiva. Ela diz que o departamento médico do Zenit entrou em contato com Rodrigo Lasmar, médico da Seleção, através do fisioterapeuta brasileiro Eduardo Santos. Segundo o breve comunicado no Twitter, Hulk fez fisioterapia todos os dias por oito horas desde que foi constatada a lesão no dia 1º de setembro, que o tirou dos últimos amistosos.

Dunga afirmou ter recebido a informação de que Hulk seria desfalque por um período entre quatro e seis semanas. O próprio atacante, no entanto, voltou a treinar no dia 11 e a jogar no dia 13 – quatro dias após a partida do Brasil contra o Equador.

O atacante atuou os 90 minutos diante do Dínamo Moscou pelo Campeonato Russo e deu uma assistência. Na última terça, marcou o primeiro gol da atual edição da Liga dos Campeões, sobre o Benfica, na vitória por 2 a 0. A situação parece ter incomodado o treinador, que manteve Robinho (o substituto de Hulk após o corte) na convocação anunciada nesta quarta.

– Não mudou nada. Chamamos o Hulk, ele teve uma lesão, o médico do CSKA (na verdade, Hulk defende o Zenit) nos mandou um e-mail dizendo que ele teria uma recuperação de quatro a seis semanas, e ele teve uma recuperação muito boa. Jogamos num dia e ele jogou logo depois, para nossa surpresa. Pensamos melhor e deixamos o jogador se recuperar bem em seu clube. Lá para frente, talvez ele tenha outra oportunidade – respondeu Dunga no primeiro questionamento.

Na segunda pergunta sobre o assunto, no entanto, o técnico mandou um recado ao jogador.

– Não me senti nem decepcionado, nem frustrado. O médico mandou um documento dizendo que ficaria de quatro a seis semanas. Hoje, se recupera muito rápido. Mas temos cadeiras vazias. Se alguém levanta, outro senta, e aí vai ter que esperar sentar de novo – frisou.

 



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