Saúde

Dormir mal causa lesões em órgãos do corpo

Qualidade de vida


21/03/2014

 Neste artigo você aprendeu sobre como ocorrem os dois ciclos do sono. Agora chegou a hora de entender o que ocorre com o corpo quando experimentamos uma noite mal dormida ou passada em claro. As queixas mais comuns nessas situações são: sonolência, irritação, cansaço, desatenção e memória fraca estão entre as consequências mais comuns. No entanto, pesquisas recentes demonstram que dificuldades esporádicas para dormir não prejudicam tão fortemente o organismo, que é capaz de se recuperar nas noites de sono seguintes. O grande problema é quando dormir mal (ou não dormir) vira rotina. Pode ser o caso de profissionais que optam pelo turno de trabalho noturno e que, portanto, se submetem a um padrão inadequado de descanso. Entre os resultados de não se descansar nos horários corretos (ou seja, de não dormir à noite) está o aumento de problemas cardiovasculares, como hipertensão e infarto.

E cada vez mais o sono das pessoas é afetado pela queda da qualidade de vida nas grandes cidades. Fatores externos como barulho excessivo, poluição luminosa, do ar e das águas pioram a qualidade de vida e têm reflexos sobre o sono. Isso contribui para que padrões inadequados de descanso acabem virando hábito, fazendo com que grande parte dos habitantes desses locais sofra com a baixa qualidade do sono.

Neste artigo você aprendeu sobre como ocorrem os dois ciclos do sono. Agora chegou a hora de entender o que ocorre com o corpo quando experimentamos uma noite mal dormida ou passada em claro. As queixas mais comuns nessas situações são: sonolência, irritação, cansaço, desatenção e memória fraca estão entre as consequências mais comuns. No entanto, pesquisas recentes demonstram que dificuldades esporádicas para dormir não prejudicam tão fortemente o organismo, que é capaz de se recuperar nas noites de sono seguintes. O grande problema é quando dormir mal (ou não dormir) vira rotina. Pode ser o caso de profissionais que optam pelo turno de trabalho noturno e que, portanto, se submetem a um padrão inadequado de descanso. Entre os resultados de não se descansar nos horários corretos (ou seja, de não dormir à noite) está o aumento de problemas cardiovasculares, como hipertensão e infarto.

E cada vez mais o sono das pessoas é afetado pela queda da qualidade de vida nas grandes cidades. Fatores externos como barulho excessivo, poluição luminosa, do ar e das águas pioram a qualidade de vida e têm reflexos sobre o sono. Isso contribui para que padrões inadequados de descanso acabem virando hábito, fazendo com que grande parte dos habitantes desses locais sofra com a baixa qualidade do sono.

Mas até agora abordamos aspectos mais visíveis ou conhecidos de um sono de baixa qualidade (ou da falta de sono). Entretanto, noites mal dormidas ou insones também podem causar efeitos difíceis de percebermos sem a ajuda de especialistas. Esse é o caso de lesões nos órgãos do corpo.

Em se tratando do cérebro, estudos das décadas de 1990 e 2000, realizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostraram que dormir menos que o necessário reduz a produção de glutationa no hipotálamo – região do sistema nervoso central responsável pela regulação da temperatura corporal, da fome e do ciclo de sono e vigília. A glutationa é uma substância que trata da eliminação de radicais livres do organismo. Em baixas quantidades, pode levar ao mau funcionamento ou à morte de células do hipotálamo, bem como provocar o aumento das concentrações de radicais livres no corpo. Em decorrência disso, ocorrem danos às células de outra região cerebral, o hipocampo, com resultados prejudiciais à capacidade de reter informações. Isso quer dizer que a memória das pessoas insones ou com um sono de baixa qualidade é afetada. Além de considerarmos processos bioquímicos, não podemos nos esquecer de que a fase do sono conhecida como REM (sigla que, em inglês, significa Rapid Eye Movement – Movimento Rápido dos Olhos) é o período de armazenamento e consolidação de memórias. Portanto, a interrupção desse ciclo perturba a formação da memória.

No fígado, as noites mal dormidas elevam a produção de proteínas características de inflamações agudas (como o fibrinogênio e a vitamina C reativa). Além disso, a adoção de padrões inadequados de descanso gera desgastes no fígado, semelhantes aos provocados pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Isso ocorre em razão do aumento do consumo de energia pelo organismo. Também o coração é afetado pela falta de sono. Foram encontradas evidências de que, diante do desgaste a que é submetido em uma noite mal dormida, o músculo cardíaco busca formas alternativas de obter energia e pode ficar sobrecarregado.

Podemos citar, ainda, a relação entre a baixa qualidade do sono com doenças muito presentes em nossas sociedades. A começar pela associação entre falta de sono e diabetes. Um experimento intitulado "Proteção durante o sono", da Fapesp, feito no final da década de 2000, revelou que noites insones reduzem a sensibilidade do organismo à insulina a padrões semelhantes aos característicos de indivíduos com alto risco de desenvolverem diabetes tipo 2.

Nesse sentido, dormir bem é essencial também para prevenir diabetes de tipo 2, assim como a obesidade – principalmente porque a insulina desempenha papel importante no metabolismo de carboidratos e proteínas e no armazenamento de lipídios. Por fim, ainda de acordo com estudos realizados pela Fapesp, a baixa qualidade do sono também pode levar a disfunções sexuais como a hiperssexualidade e a impotência, além de afetar a fertilidade e o ciclo reprodutivo feminino.



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