A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande condenou os três sócios da empresa Fiji Solutions por fraudes contra o sistema financeiro e por operar contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A decisão, emitida nesta quarta-feira (23), sentencia Bueno Aires José Soares de Souza a 25 anos e 2 meses de prisão, enquanto Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento receberam penas de 14 anos e 8 meses de reclusão cada. Cabe recurso da decisão.

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As empresas do grupo Fiji — Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech — movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça determinou a reparação de R$ 34 milhões aos clientes lesados, conforme apurado pela Polícia Federal.

Segundo a sentença, o grupo captava recursos de terceiros prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. No entanto, os investimentos anunciados não existiam, e os valores recebidos eram utilizados para pagar investidores anteriores, caracterizando um esquema de pirâmide financeira.

“O núcleo da operação era a captação de recursos de terceiros para fins da realização de supostos investimentos (que se revelaram inexistentes) a partir dos quais haveria a divisão dos lucros”, afirma a sentença. O juiz também destacou que não há registros de operações de compra e venda de criptoativos em volume compatível com os valores aportados.