Economia & Negócios

Dólar recua e segue abaixo de R$ 3,90

Economia


20/10/2015

O dólar tinha leve queda no início dos negócios desta terça-feira (20), sustentando-se abaixo do patamar de R$ 3,90, com investidores ainda demonstrando cautela em relação ao cenário político e econômico incerto no Brasil.

Às 11h20, o dólar recuava 0,144%, a R$ 3,8712 na venda. A moeda dos EUA passou a maior parte da sessão passada na casa de R$ 3,90, mas reduziu os ganhos na reta final do pregão e terminou praticamente estável.

O volume de negócios mais uma vez era pequeno, por isso, o mercado estava mais sensível a operações pontuais e operadores não descartavam a possibilidade de a moeda norte-americana mostrar alguma volatilidade durante a sessão.

Veja a cotação ao longo do dia:

Às 9h20, recuava 0,477%, a R$ 3,8583.
Às 10h30, recuava 0,382%, a R$ 3,8620.

Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Após chegar a bater o patamar de R$ 3,90, o dólar fechou quase estável nesta segunda-feira (19), com investidores apreensivos com a situação econômica e política no Brasil, em meio a incertezas sobre a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda mesmo após a presidente Dilma Roussef afirmar que ele permanece no cargo.

A moeda norte-americana subiu 0,08%, cotada a R$ 3,8768 na venda.

"A agenda está fraca e estamos vendo algumas entradas (de recursos). Sem grandes notícias, o mercado opera pontualmente, especula bastante e o volume pequeno tende a aumentar a volatilidade", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Incertezas que vão desde a permanência de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda até a possibilidade de eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff vêm deixando investidores nervosos nas últimas semanas, mas o ritmo mais lento do noticiário no início desta semana levou o mercado de câmbio a reduzir a marcha.

Nesta manhã, a oposição informou que adiou para quarta-feira o protocolo na Câmara dos Deputados do novo pedido de impeachment contra Dilma.

No campo externo, dados mistos sobre a economia dos Estados Unidos vêm trazendo dúvidas sobre se os juros norte-americanos subirão neste ano. Se de fato o Federal Reserve, banco central dos EUA, não agir neste ano, ativos de países emergentes, que pagam juros elevados, continuariam atraentes.

Nesta sessão, o dólar caminhava de lado em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

"Na verdade, o mercado está cauteloso, esperando novidades. O que deixa todo mundo nervoso é que essa pode ser uma calma que antecede a tempestade", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

O Banco Central dará continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.



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