Economia & Negócios

Dólar opera em queda, abaixo de R$ 3,20, após decisão do Fed

FED


22/09/2016



O dólar opera em queda nesta quinta-feira (22), abaixo de R$ 3,20, num movimento de busca por risco já visto na véspera e reforçado pela decisão do banco central norte-americano de manter a taxa de juros e sinalizar maior gradualismo em sua política monetária, o que significa continuidade do fluxo de recursos para os emergentes, segundo a Reuters.

Às 9h30, a moeda norte-americana caía 0,67%, vendida a R$ 3,1896. 

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 0,45%, a R$ 3,1967

Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,52%, a R$ 3,2114, menor patamar desde 8 de setembro (R$ 3,2104).

Cenário externo
O banco central dos Estados Unidos decidiu na quarta-feira manter as taxas de juros do país entre 0,25% e 0,50%, apontando para uma maior probabilidade de apenas uma alta até o final do ano.

Também nesta quarta-feira, o banco central japonês fez uma mudança abrupta e adotou como foco a taxa de juros de títulos do governo buscando alcançar sua meta de inflação, após anos de forte impressão de dinheiro que não tirem efeito para tirar a economia de décadas de estagnação.

O mercado gostou do resultado e os mercados internacionais mostravam maior procura por risco. O dólar também recuou sobre outras moedas, inclusive de países emergentes.
Juros maiores nos Estados Unidos tendem a atrair recursos atualmente aplicados em outros mercados, como o brasileiro. O Brasil, assim como outras economias emergentes, oferece rendimentos mais elevados aos investidores. A taxa básica de juros do país está em 14,25% há mais de um ano, uma das mais elevadas do mundo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em Nova York que a economia brasileira está preparada para suportar um aumento dos juros nos Estados Unidos.
Atuação do BC

O Banco Central realiza nesta manhã leilão de swap cambial reverso –equivalente à compra futura de dólares– com oferta de 5 mil contratos.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o Brasil não precisa mudar sua meta de inflação, sendo que o BC avalia que o alcance do alvo de 4,5% em 2017 é possível e que a desinflação continuará nos próximos anos.



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