Economia & Negócios

Dólar fecha em alta e volta a superar R$ 3,40


09/06/2016

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (9), voltando ao patamar de R$ 3,40, após atingir na véspera o menor valor em quase um ano. Segundo a agência Reuters, o câmbio reagiu ao mau humor nos mercados externos e a ajustes técnicos, mesmo diante da ausência de novas intervenções do Banco Central após a forte queda da véspera.

A moeda norte-americana avançou 1%, a R$ 3,4035 na venda, após desabar mais de 2% na quarta-feira e ter fechado a R$ 3,3697 na véspera. 

No acumulado no mês de junho, o dólar têm queda de 5,78% e, no acumulado de 2016, o dólar teve desvalorização de 13,8% frente ao real.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,11%, a R$ 3,3735
Às 10h10, alta de 0,1%, a R$ 3,3731
Às 11h20, alta de 0,4%, R$ 3,3833
Às 12h20, alta de 0,69%, a R$ 3,393
Às 13h40, alta de 0,48%, a R$ 3,3857
Às 15h, alta de 0,61%, a R$ 3,3904
Às 15h40, alta de 0,86%, a R$ 3,3988
Às 16h30, alta de 0,81%, a R$ 3,3971

O Banco Central ficou fora do mercado pelo 7º dia de negócios seguido. Em maio, o BC interferiu no mercado quase todas as vezes que o dólar recuava abaixo do patamar de R$ 3,50, postura que muitos operadores interpretaram como uma tentativa de proteger as exportações, segundo a Reuters.

"O mercado está digerindo essa nova postura do BC, que parece mais tolerante com a queda do dólar", disse à agência o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Ainda repercutiam as declarações de Ilan Goldfajn, novo presidente do BC, em defesa do câmbio flutuante – sem a interferência no dólar -, levando muitos operadores a avaliar que ele seria menos propenso a intervir no mercado. "É uma nova administração no BC e o mercado precisa entender como as coisas vão funcionar daqui para frente. Por enquanto, tudo indica que o dólar pode buscar patamares mais baixos", disse à Reuters o superintendente de derivativos de uma corretora internacional.

Cenário interno e externo

O mercado segue atento a desdobramentos da crise política no Brasil, com preocupações sobre a capacidade do governo do presidente em exercício, Michel Temer, para aprovar medidas de aperto econômico no Congresso.

Além disso, o avanço dos preços no petróleo e a diminuição da expectativas por aumento de juros nos Estados Unidos em breve seguem sob as atenções dos operadores.



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