Brasil

Bolsonaro revoga homenagens a nordestinos como Mariz, Celso Furtado e Frei Damião

Diversos nomes tiveram os decretos de luto que os homenageavam removidos pelo presidente Jair Bolsonaro


29/01/2022

Da Redação / Portal WSCOM



Dois importantes nomes da história paraibana se encontram dentre os mais de de vinte que tiveram suas memórias desrespeitadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O economista Celso Furtado que morreu em 2004 e o ex-governador Antônio Mariz que morreu em 1995 tiveram os decretos de luto oficial pelas suas mortes revogados por Bolsonaro. O religioso Frei Damião de Bozzano (Pio Gianotti) foi outro nome atingido pela série de revogações de Bolsonaro.

O ex-arcebispo de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara e o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes são outros nomes que tiveram seus decretos de luto oficial revogados por Bolsonaro. Os bolsonaristas tratam o “revogaço”, como eles nomearam a decisão do presidente de revogar uma série de decretos de presidentes anteriores, como uma maneira de desburocratizar o país.

Durante todo o seu governo o presidente Jair Bolsonaro só assinou dois decretos de luto. O primeiro foi na ocasião da morte do ex-vice-presidente Marco Maciel em 2021 e a segunda foi neste ano após a morte do seu guru o filósofo Olavo de Carvalho.

Confira abaixo a lista de decretos revogados por Bolsonaro

# 14 de outubro de 1992 – Severo Fagundes Gomes, política e conselheiro da República;

# 13 de novembro de 1992 – João Leitão de Abreu, jurista e ex-ministro do STF;

# 5 de agosto de 1993 – Rei Balduíno I da Bélgica;

# 18 de setembro de 1995 – Antônio Marques da Silva Mariz, governador do Estado da Paraíba;

# 6 de novembro de 1995 – Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel;

# 12 de fevereiro de 1997 – Mário Henrique Simonsen, economista e ex-ministro da Fazenda;

# 18 de fevereiro de 1997 – Darcy Ribeiro, ex-senador, historiador e cientista político;

# 2 de junho de 1997 – Pio Gianotti (Frei Damião de Bozzano);

# 20 de abril de 1998 – Sérgio Roberto Vieira da Motta, ministro de Estado das Comunicações;

# 22 de abril de 1998 – Luís Eduardo Magalhães, ex-presidente da Câmara;

# 8 de fevereiro de 1999 – Hussein Bin Talal , rei do Reino Hachemita da Jordânia;

# 16 de julho de 1999 – André Franco Montoro, ex-governador de São Paulo;

# 30 de agosto de 1999 – Bispo Dom Helder Câmara;

# 16 de julho de 2000 – Barbosa Lima Sobrinho, jurista e ex-governador de Pernambuco;

# 10 de outubro de 2001 – Roberto Campos, ex-ministro do Planejamento de JK e ex-presidente do BNDES;

# 6 de agosto de 2003 – Roberto Marinho, jornalista e empresário do Grupo Globo;

# 19 de agosto de 2003 – Sérgio Vieira de Mello, ex-representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque;

# 2º de novembro de 2004 – Celso Furtado, economista e ex-ministro de Estado;

# 13 de agosto de 2005 – Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco;

# 2 de outubro de 2006 – vítimas do acidente do voo 1907, da Gol;

# 30 de abril de 2007 – Octavio Frias, empresário do Grupo Folha;

# 17 de julho de 2007 – vítimas do acidente do voo 3054, da TAM;

# 20 de julho de 2007– Antônio Carlos Magalhães, Júlio César Redecker e Nélio Silveira Dias, ex-senador e ex-deputados federais, respectivamente;

# 11 de dezembro de 2007 – Ottomar Pinto, ex-governador de Roraima.



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