Paraíba

Diretor do CRM prevê mortes, caso Arlinda Marques não volte a operar

drama


17/12/2013

O fim dos contratos da cooperativas médicas com o governo do estado já começa a gerar pânico nas pessoas que precisam de atendimento na rede pública de saúde. O primeiro hospital do Estado a ser atingido pela medida, é o Hospital Infantil Arlinda Marques. Um alerta do diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina, Euripedes Gadelha, durante entrevista a rádio CBN, talvez exemplifique bem o drama. De acordo com ele, caso o centro cirúrgico do Arlinda Marques, continue fechado pela falta de médicos, poderemos assistir a mortes de crianças que precisem de cirurgias de urgência.

Um impasse entre o governo do Estado, o Ministério Público do Trabalho e as Cooperativas Médicas vem colocando em cheque o atendimento nos hospitais públicos do estado. O Ministério Público ingressou com ação na Justiça para impedir a atuação das cooperativas, alegando que segundo a Constituição Federal, somente através de concursos os médicos poderiam atuar. As cooperativas não abrem mão da prestação do serviço, pois assim os médicos recebem bem mais do que se fossem contratados do Estado. O Estado alega que tem dificuldade de contratar diretamente os médicos sem o intermédio das cooperativas.

O procurador regional do Trabalho, Eduardo Varandas, ressalta que ação tramita desde 2006, e por tanto, houve tempo suficiente para que o Governo do Estado se adequasse.

Já o governador Ricardo Coutinho, declarou que desde o tempo em que foi prefeito de João Pessoa tentou fazer concurso para médicos e não conseguiu, por que não há interesse da categoria e não se pode deixar a população sem acesso ao atendimento.

Ainda segundo Varandas, uma solução seria a contratação dos médicos por excepcional interesse público num contrato direto entre o governo e os profissionais.

Doutor Euripedes informou que a direção do Arlinda Marques, garantiu que enquanto a situacão não for resolvida vai enviar os casos de urgência para o Hospital de Trauma de João Pessoa. "Mas sabemos que isso não é o adequado".



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