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Dilma critica falta de metrô e diz que dará R$ 50 bi para mobilidade urbana
R$ 50 bi
25/06/2013
Durante reunião com prefeitos e governadores de todo o país nesta segunda-feira (24), a presidente Dilma Rousseff prometeu mais R$ 50 bilhões em investimentos para obras de mobilidade urbana e criticou as políticas federais para o setor de transporte nas últimas décadas.
Mapa dos protestos
"Essa decisão é reflexo do pleito por melhoria do transporte coletivo no nosso país, onde as grandes cidades crescem e onde, no passado, houve a incorreta opção por não investir em metrôs. Só muito recentemente, nas últimas décadas, é que o metrô passou a ser um dos meios de transporte reconhecidos como sendo objeto da necessidade de investimento", disse a presidente.
Além dos R$ 50 bi, a presidente falou sobre a desoneração de impostos e pediu mais metrôs, VLTs (veículos leves sobre trilhos) e corredores de ônibus. "Avançar mais rápido em direção ao transporte público de qualidade e acessível. O governo federal já desonerou impostos, o que permitiu a redução das tarifas de ônibus em 7,23%, e 13,75% na tarifa do metrô e dos trens. Além disso, mantivemos congeladas as tarifas de metrô e trens operados pelo governo federal desde 2003. Desoneramos também o IPI para a compra de ônibus. Estamos dispostos, agora, a ampliar a desoneração do PIS/Cofins sobre o óleo diesel dos ônibus e a energia elétrica consumida por metrôs e trens."
O anúncio do pacto sobre mobilidade foi um dos cinco itens de um novo pacto que a presidente propôs aos governantes de Estados e prefeituras. Os outros pactos se referem à responsabilidade fiscal, reforma política, educação e saúde.
O anúncio de Dilma vem após duas semanas de protestos em todo o país — as manifestações começaram em São Paulo pedindo a redução da tarifa de ônibus. "É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esse sinais com humildade", falou aos governadores e prefeitos (clique aqui para ler a íntegra do discurso).
Hoje, a presidente recebeu também os integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) no Palácio do Planalto, que lideraram o início dos protestos pelo país.
"Foi importante para iniciar um diálogo, mas a luta pela tarifa zero continua até haver medidas concretas neste sentido", afirmou Mayara Vivian, uma das integrantes do MPL. "A presidente reconheceu o transporte como direito social e a gente vai cobrar isso".
A ativista Leila Saraiva acrescentou que o movimento considera que a redução da tarifa depende apenas de vontade política. "Acreditamos que é uma decisão política e não técnica."
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