Saúde

Desconfiança em excesso aumenta o risco de demência

Coportamento


17/06/2014



Cientistas finlandeses associaram o comportamento classificado como "desconfiança cínica" com um maior risco de desenvolver demência. A desconfiança cínica é a percepção de que os outros agem na maioria das vezes, principalmente, por motivos egoístas.

"Esse resultado é mais uma evidência de que a personalidade e a visão que a pessoa tem da vida têm impacto na saúde", afirmou uma das autoras do estudo, Anna-Maija Tolppanen, da Universidade do Leste da Finlândia, em Kuopio. "Descobrir que traços de personalidade podem aumentar as chances da demência pode nos ajudar a prevenir a doença".

Participaram da primeira fase do estudo 1.449 pessoas, cuja média de idade era de 71 anos. Os voluntários responderam a um questionário para medir o nível de "desconfiança cínica" –os desconfiados concordaram, por exemplo, com afirmações como "Acho que a maioria das pessoas mentiria para subir na vida" ou "É mais seguro não confiar em ninguém".

As respostas ao questionário, segundo os cientistas, não costumam variar muito ao longo da vida. Oito anos depois, parte dos idosos foi submetida a testes para diagnosticar a demência. A incidência da doença foi duas vezes maior entre os altamente desconfiados (14 de 164 voluntários), na comparação com os pouco ou nada desconfiados (nove entre 212 pessoas).



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