Três dos quatro deputados paraibanos que votaram na Câmara contra o texto base do projeto de lei que libera o trabalho terceirizado em todas as atividades das empresas e várias atividades estatais explicaram a motivação de seus votos contrários. A proposta foi aprovada no Congresso com a votação de 231 deputados a favor, 188 contra e oito abstenções

Luiz Couto (PT), Veneziano Vital do Rego (PMDB), Wilson Filho (PTB) e Damião Feliciano foram os deputados que votaram contra. Eles argumentam, principalmente, que com a aprovação da lei, empresas poderão contratar também, via terceirização, trabalhadores para atividade-fim – o que não é permitido acontecer hoje.

Wilson Filho, por sua vez, pondera que o projeto não é de todo ruim e que traz alguns benefícios para os trabalhadores.

Confira:

Luiz Couto

"É grave o que foi aprovado nesta Casa no dia 22 de março de 2017. Com passos largos, foi aprovado mais um projeto retrógrado, deformador e que compromete as bases das carreiras trabalhistas deste país. Ele foi ressuscitado pela base do governo golpista para tratorar [sic] os setores privados e públicos terceirizando de forma ampla e irrestrita os serviços. Traz também a chamada quarteirização admitindo uma empresa terceirizada subcontratar outras empresas para arregimentar, remunerar e dirigir os trabalhos específicos.”

Veneziano Vital do Rego

“Posicionei-me votando contra o projeto da terceirização dos trabalhadores. Evidentes os prejuízos que serão impostos aos trabalhadores […] dessa forma, uma escola, por exemplo, poderá contratar, de forma terceirizada, tanto faxineiros e porteiros (atividades-meio) quanto professores (atividade-fim).”

Wilson Filho

“Essa é uma matéria que requer muito cuidado. Também não vou dizer que o projeto é de todo obscuro porque se constata alguns ganhos para os trabalhadores, mas defendo que a Câmara deveria ter dialogado mais com os brasileiros sobre o tema.”