Política

Deputado Frei Anastácio defende auxílio emergencial até junho de 2021


18/10/2020

Frei Anastácio mantém a coerência política em apoiar o PT (Foto: Arquivo)

Portal WSCOM

O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) alerta que apesar de sinais lentos de recuperação da economia, a fome poderá aumentar ainda mais em 2021, com o fim do auxílio emergencial, já anunciado pelo ministro Paulo Guedes.

“Sem emprego e sem o auxílio, como o povo comprará alimentos? O governo tem que prorrogar o auxílio e aumentar o valor para R$ 600, pelo menos até junho de 2021”, defendeu o deputado.

O parlamentar relata que o IBGE aponta 10 milhões de pessoas passando fome no Brasil e 40% das famílias não estão fazendo suas refeições regulares, além de mais de 13 milhões de desempregados.

“Todo esse cenário está posto, mesmo com o pagamento do auxílio emergencial aprovado pelo Congresso Nacional, que o governo queria que fosse R$ 200, mas teve que pagar três parcelas de R$ 600, e depois decidiu prorrogar com o valor R$ 300”, relembrou.

O congressista ressalta que quando a ajuda acabar, em dezembro, essa situação de fome vai se aprofundar ainda mais. “Os preços dos alimentos estão altos e podem aumentar ainda mais. O governo não tem estoque regulador nas unidades da Conab no país. A situação tende a piorar cada vez mais. No Congresso, já estamos lutando para que o auxílio seja estendido”, anunciou.

Cobrar imposto das grandes fortunas

Frei Anastácio criticou o fato de o governo anunciar o fim do auxílio e não apresentar uma alternativa para socorrer o povo. Bolsonaro é o presidente e deveria estar preocupado com essa situação. Mas, em vez disso, está planejando implantar mais uma taxa de imposto semelhante à CPMF. O parlamentar enfatiza que Bolsonaro tem um governo sem nenhum plano de gestão para o Brasil. “Ele simplesmente vai levando o governo, como se tange uma boiada. Não tem planejamento de ações direcionadas para os problemas que afligem o país. É um desastre”, acusa.

“Ele deveria estar com um projeto pronto para cobrar imposto das grandes fortunas e dos devedores da Previdência Social. Com esse dinheiro, o governo teria um alívio na arrecadação. Mas, ao contrário, Bolsonaro prefere cobrar impostos do povo e planeja até congelar benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

Segundo estudos de entidades fiscais, só das grandes fortunas o governo arrecadaria, por ano, R$ 272 bilhões. Mas, o governo nem fala nisso. Prefere essas outras formas e ‘demoniza’ os servidores públicos, livrando a elite federal, é claro. Bolsonaro é, definitivamente, um governo voltado para os ricos”, afirmou.



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