A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (7) uma resolução liderada pelo Partido Republicano para censurar a democrata Rashida Tlaib por sua posição crítica em relação a Israel e por seu apoio aos palestinos.

A medida, aprovada por 234 votos a 188, equivale a uma rara e significativa repreensão à congressista do Michigan, que é a primeira mulher palestina-americana a atuar no Congresso.

A moção de censura foi apresentada pelo deputado republicano da Geórgia, Rich McCormick, e aprovada após o fracasso de um esforço liderado pelos democratas para bloquear a proposta.

Tlaib alertou que as tentativas de censura tentam silenciá-la e disse que os seus “colegas recorreram à distorção das minhas posições em resoluções cheias de mentiras óbvias”.

Após a votação para avançar a resolução de censura, Tlaib fez um discurso emocionado na Câmara e argumentou que as suas críticas ao governo israelense não deveriam ser confundidas com antissemitismo, informou a CNN.

“É importante separar pessoas e governos. Nenhum governo está livre de críticas. A ideia de que criticar o governo de Israel é antissemita estabelece um precedente muito perigoso e tem sido usada para silenciar diversas vozes que defendem os direitos humanos em toda a nossa nação”, sublinhou.

Ela ficou emocionada e teve dificuldade para falar depois de dizer: “Não acredito que tenho que dizer isso, mas o povo palestino não é descartável”. “Somos seres humanos como qualquer outra pessoa”, disse ela após uma longa pausa.

Naquele momento, sua colega Ilhan Omar, de Minnesota, levantou-se em apoio e colocou as mãos em um dos ombros de Tlaib.