Saúde

Depressão confundida com o sentimento de tristeza; é preciso entender a diferenç

Depressão


28/07/2014

Você já parou pra pensar quantas vezes ouvimos em nosso dia a dia aexpressão: “estou depressiva!” ou “me deu uma depressão”? Frequentemente as pessoas usam essas palavras para exprimir um sentimento de tristeza que lhe tenham ocorrido em seu cotidiano.

O problema é que, esse vício linguístico pode nos levar a confundir um sentimento de tristeza com uma doença chamada: depressão. Segundo levantamento feito em 2012 pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, e é uma das maiores causas de afastamento do trabalho. Além disso, há uma estimativa que a doença será, em 2020, a segunda mais prevalente do mundo, atrás somente do infarto agudo do miocárdio.

Talvez por esse motivo o descobrimento da doença seja tão difícil, podendo ser banalizado por familiares ou amigos, que não aceitam os sintomas do paciente como reais e que, de fato, precisam de um tratamento. Costumamos perceber às vezes que os sintomas são confundidos com preguiça ou “corpo mole” por outras pessoas, devido à falta de ânimo que causa no paciente, o que pode levá-lo a se envergonhar de sua doença e demorar a procurar ajuda de um profissional.

Portanto, é necessário nos mantermos informados sobre essa doença que é tão recorrente em nossos dias, e que pode atingir qualquer pessoa. O diagnóstico deve ser feito de preferência por mais de um profissional, geralmente um psicólogo e um psiquiatra, levando em consideração a história de vida do paciente.

Como causa da doença podemos citar alguns exemplos como perda de um familiar querido, enfrentamento de uma doença grave ou perda de emprego, mas deve-se considerar que cada pessoa reage a um acontecimento de maneira diferente da outra, o que indica que uma pessoa possa vir a desencadear a doença por outros motivos ou que outras pessoas podem não desenvolver a doença mesmo passando pelos motivos citados.

A tristeza se difere da depressão em alguns aspectos. O primeiro deles é que a tristeza é um sentimento comum a todos os seres humanos e tem uma causa específica. Além disso, podemos estar tristes com algo, mas nos alegrarmos diante de um estímulo.

Já a depressão é caracterizada como uma doença em que predomina o humor depressivo e melancólico, que afeta a vida pessoal, social e do trabalho do paciente. O paciente depressivo também pode apresentar sintomas como desânimo, sentimento de vazio, perda do prazer, alterações no sono e apetite, disfunção da libido, apatia, sentimentos de culpa, pessimismo e retraimento

O tratamento da doença pode ser feito por profissionais como psicólogos e psiquiatras. Alguns casos necessitam de um tratamento medicamentoso junto à psicoterapia, mas é necessário conversar com o médico se é realmente preciso o uso de medicamentos no caso, pois alguns deles trazem efeitos colaterais como boca seca, intestino preso e tremor. Os mais recentes, os chamados antidepressivos de nova geração, podem ocasionar ansiedade, tremores, inquietação, náuseas e, às vezes, vômitos.

Muitas pessoas aderem apenas ao tratamento medicamentoso hoje em dia. Sabemos que para ter a eficácia no combate à depressão é preciso mais que os remédios. A analogia é simples: é como curar uma gastrite e continuar a comer alimentos que favoreçam o resurgimento da doença: uma hora ela vai voltar. Na verdade, seria muito mais coerente se as pessoas pensassem na saúde mental como pensam na saúde física, pois elas estão totalmente aliadas.

As pessoas com depressão precisam de ajuda. Portanto, nada melhor do que se informar sobre esta doença para poder ajudar aquelas que estejam passando por esse problema.

                                                                                                                                                               (Laís Leite Rolim)

Laís Leite Rolim
Psicóloga Clínica – CRP 13/6647
Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 132 – Tambaú
(83) 9148.5812 / (83) 8896.1990
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