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Dentista dos fortões do UFC revela lutadores com pavor de motorzinho

motorzinho


26/02/2013

 randes e fortes, as estrelas do UFC não se intimidam mesmo diante de golpes de seus adversários. Mas poucos imaginam que uma situação os transforma praticamente em crianças e impõe mais medo que qualquer nocaute ou finalização: a cadeira do dentista.

A dentista Fabi Nogueira tem pacientes ilustres como Júnior Cigano, os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro e Antônio Pezão. Baixinha e magrinha, Fabi parece inofensiva, mas tem uma arma bastante potente: o temido "motorzinho".

"Todos eles têm pavor de dentista. Eles morrem de medo, falam que dentista é pior que os oponentes. Várias vezes me ligam: ‘doutora, dessa vez eu não vou não’, conta ela. "Quando preciso dar anestesia, eles seguram a minha mão e parece que vão me socar de tanta força. Falam: ‘doutora, se você aparecer no treino, você apanha’", diz Fabi, que aponta Pezão como um dos mais medrosos.

Curiosamente, o método adotado com os lutadores no consultório é semelhante ao usado com crianças. Em caso de dor, o paciente levanta uma das mãos para o procedimento ser interrompido. "Eu nem encosto e eles já levantam a mão. Eu falo: ‘mas eu nem encostei’. ‘É um teste para ver se funciona, doutora", conta, aos risos.

Fã de lutas e praticante de boxe e jiu-jitsu, Fabi era amiga de Minotauro e foi convidada há dois anos para atender a equipe Team Nogueira. No início teve que driblar as cantadas com muito jogo de cintura, mas aos poucos conquistou a confiança e a amizade dos atletas. Quem começa o tratamento, perde o medo e leva a sério. Foi assim que ajudou a restaurar o sorriso de muitas feras.

Segundo ela, muitos atletas que sentam em sua cadeira têm origem pobre e pouca instrução sobre saúde bucal. Por isso, chegam com problemas sérios de cáries. O tratamento é fundamental não só para a auto-estima e a saúde, mas também para o rendimento no esporte. Ela explica o que golpes que exigem das pernas e braços têm também muito a ver com os dentes.

"Não dá para separar o corpo da cabeça, é um conjunto que precisa ser trabalhado junto. Não adianta cuidar da musculatura e das lesões no corpo se existir uma bactéria no dente. A desordem na articulação, a má oclusão e as cáries podem causar bactérias que caem na corrente sanguínea e se proliferam pelo organismo, destruindo uma outra parte saudável", afirma.



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