O caso de agressão do médico João Paulo Casado contra a sua ex-esposa, em João Pessoa, teve nova repercussão. A delegada Nadja Filho de Araújo foi dispensada de suas atividades na Delegacia da Mulher de João Pessoa por não ter dado continuidade às investigações do caso.

A denúncia foi recebida pela delegada em 2022, após o condomínio informar sobre a existência de imagens que registraram a agressão no elevador. Entretanto, não houve avanço nas investigações naquele período. Somente em agosto do ano seguinte, a vítima formalizou a denúncia, o que culminou na retomada do caso.

A Coordenadoria das Delegacias da Mulher explicou que, na ocasião, a vítima foi ouvida, mas optou por não denunciar o médico, levando à paralisação das investigações. No entanto, súmulas do STJ de 2015 e entendimento do STF em 2012 estabelecem que casos de violência contra a mulher devem ser investigados, independentemente da vontade da vítima.

A Secretaria da Segurança Pública decidiu pela dispensa da delegada, conforme publicado no Boletim de Serviços da Polícia Civil nesse sábado (16). O caso é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Civil, órgão responsável por apurar irregularidades na conduta dos agentes públicos envolvidos na apuração e encaminhamento de ocorrências de violência doméstica.

Em abril do ano passado, o médico João Paulo Souto Casado foi gravado em um elevador agredindo a mulher, puxando seus cabelos e empurrando-a diversas vezes, na presença de uma criança. Em outras imagens de setembro de 2022, a vítima é agredida com socos dentro de um veículo.