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Defesa não conseguiu abalar o depoimento do vigia

Julgamento


18/02/2013

 O promotor Rogério Leão Zagallo afirmou, durante intervalo do julgamento de Gil Rugai, que o depoimento do vigia Domingos Ramos de Oliveira foi extremamente importante, porque teria mostrado aos jurados que uma das pessoas que saíram da casa das vítimas na noite do crime era o ex-seminarista. O julgamento teve início na tarde desta segunda-feira (18), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

O promotor ainda comentou sobre a pressão que o vigia sofreu pelos advogados da defesa. Zagallo disse que, por causa disso, a testemunha chegou a fraquejar em alguns dados. O promotor, porém, considerou que essas informações eram “absolutamente periféricas”, como a distância da guarita do segurança da casa do pai do réu.

— [A defesa] não conseguiu abalar o depoimento forte e contundente da testemunha, que reconheceu Gil Rugai como uma das pessoas que saiu daquela casa.

Zagallo ainda reforçou que é normal que o vigia tenha esquecido alguns detalhes do caso, porque o crime ocorreu há nove anos. Ele afirmou que isso, porém, não descaracteriza a testemunha. Ele também criticou a postura do magistrado durante o depoimento. Para Zagallo, o juiz foi muito “pacífico”.

— Eu nunca vi uma testemunha ser ouvida com a conivência pacífica do magistrado, conivência censurável, que deixava bombardear [de perguntas] toda hora de uma forma altamente espúria. Mesmo assim, a testemunha foi firme naquilo que se espera dela.

Depoimento

Principal testemunha de acusação contra o ex-seminarista, o vigia Domingos Ramos de Oliveira disse que viu Gil Rugai sair da casa de seu pai, Luis Carlos Rugai, e da mulher dele, Alessandra de Fátima Troitino, após os disparos na noite do crime. Ele foi ouvido das 13h20 até 15h50.

— Sempre reconheci ele [Gil Rugai] como uma das duas pessoas que saíram de lá. A outra pessoa não sei reconhecer.

Porém, segundo Domingos, seu relato sobre o que viu na noite do crime só foi dado em seu terceiro depoimento à polícia.

— Pensei na minha família e nos meus quatro filhos pequenos. Por isso, eu neguei no começo. Nunca me senti pressionado a dizer nada. Só me arrependi um pouco, depois que falei, pela minha família, porque eles sofreram.



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