Justiça

Defesa do Padre Egídio recorre ao STF para tentar reverter prisão por desvio milionário no Hospital Padre Zé


09/01/2024

Padre Egídio de Carvalho Neto era diretor do Hospital Padre Zé (Foto: Divulgação/Paróquia Santo Antônio de Lisboa)

Redação / Portal WSCOM



Após ter seus pedidos de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa do Padre Egídio de Carvalho Neto recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a prisão do sacerdote, que está detido desde 17 de novembro no Presídio Especial do Valentina, em João Pessoa. O padre é acusado de comandar um esquema milionário de desvio de recursos do Hospital Padre Zé, uma entidade filantrópica que atende pessoas carentes.

O advogado José Rawlinson Ferraz alega que a prisão do padre é ilegal e que ele não representa uma ameaça à investigação. Ele também argumenta que o padre tem estado de saúde frágil e que não há provas que comprovem os crimes atribuídos ao religioso. Ele cita ainda a opinião do magistrado de primeiro grau, José Guedes, que indicou a prisão como uma antecipação da pena.

O processo, por sorteio, será julgado pela ministra Cármen Lúcia, que deverá decidir sobre o pedido de liberdade do padre. A defesa espera que o STF reconheça a inocência do sacerdote e o liberte da prisão.

A prisão do padre foi resultado da segunda fase da Operação Indignus, que investiga o caso desde o ano passado, quando foram denunciados o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital. A operação apura o envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, que teria desviado milhões de reais da entidade.



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