Em Audiência de Instrução realizada nesta segunda-feira (6), após ouvir sete testemunhas de defesa e de acusação, a juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, do 2º Tribunal do Júri da comarca da Capital, decidiu acatar pedido da defesa de Rafael Nunes Monteiro, que requereu nova diligência, para poder apresentar fatos novos ao processo. A magistrada concedeu prazo de cinco dias para que sejam apresentadas as alegações finais. Rafael Nunes é acusado de matar Higor Natan, de 25 anos.

O crime aconteceu no dia sete de Outubro de 2014, em um Condomínio no Conjunto dos Bancários, Zona Sul de João Pessoa. A ação penal pública foi interposta pelo Ministério Público Estadual, em desfavor do acusado.

O representante do MP, o promotor de Justiça Márcio Gondim do Nascimento, disse que o órgão ofereceu denúncia contra o acusado para que ele seja pronunciado, já que há fortes indícios de autoria e que a materialidade do crime é induvidosa. Para o promotor, ”não há duvidas quanto à culpabilidade do acusado”.

O advogado Harley Cordeiro, que atua na defesa do Rafael Nunes, afirmou que o acusado “é inocente”. Ele espera juntar aos autos, no prazo de cinco dias, uma filmagem que deverá esclarecer os fatos, por entender que “contra uma prova técnica não vai prevalecer a testemunhal”, explicou.

Quanto ao pedido de liberdade solicitado por Harley Cordeiro, a magistrada Aylzia Borges não se manifestou, pois irá aguardar a juntada dessas novas provas apresentadas em plenário para decidir.

Rafael Nunes, ao ser ouvido, negou participação no crime e informou que no dia do acontecimento se encontrava na residência dele. Higor Natan foi morto com dois tiros na garagem do apartamento onde residia.