Futebol

David Luiz se sobressai no primeiro duelo com Diego Costa nas semis

Semis


23/04/2014

 No duelo entre os “eternos quase companheiros”, David Luiz e Diego Costa, o zagueiro da seleção brasileira levou a melhor. O empate sem gols foi mérito da defesa do Chelsea que volta a Londres com uma ligeira vantagem na eliminatória. Diego Costa lutou até ao fim para conseguir o desejado gol dos colchoneros, atuou com a garra e espírito exigidos por Simeone, mas não conseguiu espaço. O centroavante terminou o jogo desesperado pela falta de chances e até tentou dois chutes de bicicleta em vão.

No total, Costa somou seis finalizações, mas só duas foram em direção ao gol, enquanto David Luiz, que não é atacante mas também gosta de ir à frente, teve dois chutes com perigo. Um deles foi a única ocasião de gol do Chelsea no segundo tempo numa cobrança de falta. Embora tenha começado o jogo como volante, o camisa 4 dos Blues terminou como zagueiro e salvou as duas últimas chances de Diego Costa. Mas quem esteve mais ocupado com o artilheiro colchoneiro foi o seu companheiro na seleção espanhola Cesar Azpilicueta. O lateral do Chelsea disse que “não perdeu nenhuma batalha para Costa”.

– O conheço bem da seleção e todos sabemos que é um jogador difícil de marcar porque luta até o fim por todas as bolas. É um perigo constante. O importante era travar a equipe do Atlético e não vi grandes ocasiões de gol da parte deles – observou Azpilicueta após a partida.

Para Ramires, o resultado não só é favorável ao time inglês, como ainda é melhor do que a equipe esperava.
– É melhor do que esperávamos. Era importante sair daqui com um resultado favorável e o empate foi um resultado bom – admitiu o volante, que revelou a estratégia extremamente defensiva do Chelsea.

BRIGA DE "GATO E RATO" ENTRE COSTA E A DEFESA

No primeiro tempo, David Luiz fez o seu trabalho sem cometer erros. O camisa 4 do Chelsea jogou na frente da zaga e esteve muito concentrado nas funções defensivas. O volante, que por vezes é criticado por sair para o ataque deixando a defesa aberta, arriscou a sua velocidade na frente só uma vez no primeiro tempo. E mesmo que tivesse mais liberdade para sair jogando, também não teria tido muitas chances, já que o Atlético de Madrid assumiu o controle do jogo desde o primeiro minuto.

Com o decorrer do tempo, o time da casa foi ficando mais solto com Diego Ribas impondo sua técnica e criatividade para armar o jogo, e com Diego Costa conseguindo boas demarcações no campo adversário. O centroavante brasileiro, naturalizado espanhol, desempenhou bem o seu papel de atacante de porte físico e com grande mobilidade. Ganhou várias bolas de cabeça e de peito diante de John Terry e de Cahill. Em um desses lances até se estranhou com o capitão do Chelsea. Mas, como Mou havia montado uma muralha defensiva, o centroavante da Espanha não conseguia espaço.

As ordens de Simeone eram para o camisa 19 jogar pelo centro, mas cair também pelo lado esquerdo do ataque. E ele cumpriu. Atento, Mou mandou William trocar com Ramires e o ex-Shakhtar atuou como um lateral-direito na região por onde circulava Diego Costa. Mas o artilheiro estava atento: captou a estratégia e foi para o lado direito do ataque, onde criou lance de muito perigo com Raúl García no fim do primeiro tempo.

DAVID LUIZ EVITA DERROTA "QUASE" CERTA

No segundo tempo, a lesão de David Luiz logo no início fez o Atlético de Madrid diminuir o ritmo. O zagueiro se queixou de dores no rosto após um choque com Diego e recebeu muitas vaias dos torcedores no Vicente Calderón, que se irritaram com a "cera". Uma atitude, que aliás, fazia parte da estratégia do Chelsea em Madri. O clube britânico entrou ainda menos determinado em atacar. De um lado para o outro, procurando um buraco na zaga dos Blues, Diego Costa tentava achar brechas para chutar, mas pouco conseguiu.

O perigo chegava em lances protagonizados por Diego Ribas em chutes de meia distância, mas Simeone trocou o meia brasileiro por Arda Turan. Uma decisão que pode ser contestada pelo próprio jogador, que até então era o melhor em campo, porém a entrada do ala turco deu outro dinamismo aos colchoneros. Novamente no lado esquerdo, Diego Costa fez um lindo passe para Filipe Luís que ficou isolado na direção do gol. O lateral brasileiro tinha tudo para marcar, mas prendeu demais a bola e quando deu para Raúl García, três ingleses tinham se colocado à frente. Nos lances aéreos, o artilheiro do time de Madri conseguia ganhar de cabeça, mas nunca tinha espaço para tentar o chute a o gol ou, pelo menos, direcionar o cabeceamento.

Quando o capitão dos Blues, John Terry, se machucou, Mourinho recuou David Luiz para a zaga e aí sim começou o verdadeiro duelo entre o zagueiro da seleção e o centroavante da Espanha. Costa impôs o seu físico e conseguiu acertar vários passes "desmarcando" companheiros de equipe. Mas, na hora do chute, tanto ele como os outros, não tinham espaço suficiente. O camisa 19 se desesperava, pedia bola alta, tentava de cabeça, e até tentou dois chutes de bicicleta, mas não conseguiu resultado.

Nos minutos finais da partida, Diego Costa, por pouco, não conseguiu balançar a rede. Primeiro num cruzamento de Turan para a cabeça do atacante, mas David Luiz cortou bem e mandou para fora. Faltando um minuto para o fim do duelo, o artilheiro tentou passar a bola por cima de David Luiz, só que o zagueiro levou a melhor. Foi por pouco, mas não passou.



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