Esporte

Daniel Alves pede e Justiça da Espanha nega julgamento a portas fechadas


01/02/2024

Portal WSCOM com 247



Acusado de violação sexual contra uma jovem de 23 anos, o ex-jogador Daniel Alves teve seu pedido negado e o Tribunal de Barcelona decidiu que o julgamento do ex-atleta será aberto ao público. No entanto, em meio ao reconhecimento do “evidente impacto midiático” do caso, uma série de medidas rigorosas foi estabelecida para proteger a privacidade da denunciante, relata o jornal O Globo.

O depoimento da vítima será realizado em sigilo, uma prática comum em casos de abuso sexual, visando proteger sua identidade e evitar que ela seja “duplamente vitimizada”.

Daniel Alves, que enfrenta um pedido do Ministério Público de nove anos de prisão, verá o julgamento se desenrolar ao longo de três sessões. Durante o processo, a vítima dará seu depoimento a portas fechadas, protegida por um biombo para evitar o “confronto visual” com o acusado.

O tribunal implementou medidas adicionais para garantir a segurança da vítima, incluindo a proibição de gravação de som ou imagem pela imprensa, assim como a proibição de fotografar a vítima ou seus familiares próximos que possam testemunhar. Os magistrados também determinaram que a vítima seja referida apenas como “denunciante”, sem mencionar seu nome ou apelido, a fim de preservar sua identidade.

Vale ressaltar que, nas semanas que antecederam o julgamento, a mãe de Daniel Alves e outras pessoas próximas ao jogador divulgaram um vídeo tentando desacreditar a vítima, expondo seu nome completo e imagens de suas atividades sociais. A denunciante, ao apresentar a denúncia na mesma noite do abuso, expressou preocupação com a possibilidade de seus dados pessoais serem divulgados.

Ainda existe a possibilidade de que o julgamento seja interrompido, já que as partes continuam explorando a possibilidade de um acordo. Se um pacto for alcançado, Daniel Alves terá que admitir os fatos em troca de uma redução da pena. O ex-jogador da seleção brasileira permanece em prisão provisória desde 20 de janeiro de 2023, quando se contradisse perante o juiz.



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