Futebol

Da lição de R9 à volta a Pequim, Pato desabafa: ‘Nunca pensei em desistir’

Superação


14/10/2013



 Alexandre Pato era tido como a principal revelação do futebol brasileiro em 2006. Estreou pelo Internacional com 17 anos e, poucos meses depois, se transferiu para o Milan. Mas a história não seguiu como parecia se encaminhar o roteiro. O atacante até se destacou, marcando gols na Itália e sendo lembrado para a seleção brasileira, mas não vingou. Cercado por lesões, ele passou quase um ano e meio entre idas e vindas para o departamento médico. Deu a volta por cima e, nesta terça-feira, às 8h45m (de Brasília), terá a chance de se firmar ainda mais no time comandado por Luiz Felipe Scolari.

– Jamais. Nunca pensei em desistir pelas lesões – garantiu.

O adversário é a Zâmbia, no Ninho do Pássaro, em Pequim. Estádio que Alexandre Pato por pouco não disputou a final das Olimpíadas de 2008. A Argentina acabou com o sonho canarinho ao vencer por 3 a 0 uma das semifinais. Três anos depois, retornou à arena chinesa com o Milan e, aí sim, soltou o grito de campeão. No triunfo por 2 a 1 sobre o Inter de Milão, o garoto ajudou o time rossonero a levantar o caneco da Supercopa da Itália.

Agora, de volta à seleção brasileira sob a batuta de Luiz Felipe Scolari, Pato tenta recuperar o tempo perdido e se firmar na equipe que vai disputar a Copa do Mundo de 2014. Já ficou fora da Copa das Confederações e precisa mostrar para a comissão técnica do Brasil que tem condições de estar entre os 23. E confiança é o que não falta ao atacante do Corinthians, hoje com 24 anos.

– Fiquei muito feliz por ser a segunda convocação seguida com o Felipão. Tenho que agradecer por ele confiar no meu trabalho. Se me chamou é porque ele sabe que eu tenho alguma coisa a mais para ajudar a Seleção. E, nesse dia a dia, eu me esforço ao máximo para que, se aparecer uma chance, eu possa agarrar e seguir no grupo. Não quero mais sair da Seleção. Nunca quis sair da Seleção.

Foi a partir daí que o jogador relembrou os problemas físicos que o afastaram dos gramados. Alexandre Pato não esconde a frustração por ter passado mais tempo no departamento médico do que nos campos de futebol.

– Passei um ano e meio machucado. Jogava um ou dois jogos e me machucava. Na volta para o Brasil, eu queria saber por que estava me machucando e vi que não tinha nada. Estou nessa sequência de jogos. Estou quase há um ano sem me machucar. Estou feliz. Mas vou ficar mais feliz ainda se for convocado para a Seleção na reta final, em novembro.

E para superar todos os problemas físicos, Pato usou como exemplo a história de um dos principais goleadores da história da Seleção: Ronaldo Fenômeno.

– Não podia fazer uma tragédia todos os dias por conta disso. Lesão é normal e pode acontecer com qualquer um. Pode acontecer num treino… O meu exemplo sempre foi o Ronaldo. Ele teve uma lesão em que muitos pensavam que ele não poderia ser curado e foi campeão do mundo. Fez aquilo que fez pelo Brasil. Sempre pensei em trabalhar. Dormia cinco, seis horas por dia para tratar. E agora estou feliz de estar jogando no Corinthians e na Seleção.

No bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Pato, que fez 23 partidas como titular do Corinthians e marcou 15 gols, elogiou o torcedor chinês, falou das expectativas para o jogo contra a Zâmbia e do motivo que o fez escolher o Milan em 2007.



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