Política

CUT-PB realiza Dia Nacional de Mobilizações nesta terça-feira

NESTA TERÇA


16/08/2016

Em Defesa do Emprego e Contra a Retirada de direitos, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB), juntamente com movimentos sociais e partidos de esquerda que compõem a Frente Brasil Popular da Paraíba realizarão nesta terça-feira (16), a partir das 15h, noLyceu Paraibano, o Dia Nacional de Mobilizações.

De acordo com Paulo Marcelo, presidente da CUT-PB, a Central tem participado de uma trajetória de atos a nível nacional mostrando para a sociedade todo o processo de golpe que atinge o país. “Junto com a Frente Brasil Popular estamos nas ruas contra o golpe, dando o nosso recado, através das mobilizações nacionais, atos em que nós mostramos a força do trabalhador e da trabalhadora. Por essa razão a CUT-PB convoca todos os trabalhadores para combater aquilo que pode ser o maior retrocesso para a classe trabalhadora”, explicou.

Para ele, os atos da CUT-PB sempre mostraram a força da classe trabalhadora. “Espero que a gente possa realizar atos não só com a vanguarda dos movimentos, mas com toda a massa. Espero que a classe trabalhadora perceba que fechar a porta só depois de ser roubado é muito ruim. Temos que nos mobilizar para mostrar a nossa força e somar junto com toda a classe trabalhadora que pode sofrer com as inúmeras retiradas de direitos conquistados com sangue, suor e morte de muito trabalhador e trabalhadora. Iremos dizer não a usurpação dos direitos da classe trabalhadora”, ressaltou.

Não vamos pagar o pato.

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.

É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade – aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais – querem.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”

Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.

“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.

“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.

CUT Nacional



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