Política

Cunha questiona STF de não dar celeridade a outros processos e faz balanço

NACIONAL


12/09/2016



O deputado federal Eduardo Cunha resolveu encarar o plenário na sessão em que é votado a cassação de seu mandato. Ele questionou a postura do Supremo Tribunal Federal de ter celeridade em dois casos de parlamentares processados enquanto outros 165 políticos não tiveram mesmo tratamento. Ele aproveitou a oportunidade para fazer um balanço de seu mandato.

Deputado afastado chora ao discursar na tribuna do plenário e pedir o voto dos colegas; "A mim, como deputado, só cabe pedir um voto, que tenham isenção. Não me julguem por aquilo que está colocado na opinião pública", apela Eduardo Cunha (PMDB-RJ); em seu discurso, ele confessa que sem ele, não teria havido impeachment; em outras palavras, sugere que, sem ele, Michel Temer não estaria na presidência; "É o preço que eu estou pagando para o Brasil ficar livre do PT. É esse processo de impeachment que tá gerando tudo isso. O que quer o PT? Um troféu, para poder dizer que é golpe"; Cunha disse ainda que se hoje é ele, "amanhã vai ser qualquer um de vocês.

Deputado afastado chora ao discursar na tribuna do plenário e pedir o voto dos colegas contra sua cassação; "A mim, como deputado, só cabe pedir um voto, que tenham isenção. Não me julguem por aquilo que está colocado na opinião pública", apelou Eduardo Cunha (PMDB-RJ); em seu  O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez na noite desta segunda-feira 12, da tribuna do plenário da Câmara, seu último apelo para que os deputados não cassem sem mandato por quebra de decoro parlamentar. Ele admitiu que, sem ele, não teria ocorrido o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

"Esse governo que vocês defendem foi embora graças a Deus. Essa é que é a verdade. E esse processo de impeachment é que está gerando tudo isso. O que quer o PT? Um troféu, para poder dizer que é golpe. 'É golpe', vamos gritar que é golpe. Vamos para a rua. Golpe foi dado pela presidente, em usar dinheiro do petrolão para pagar caixa 2 de campanha", discursou Cunha.


Segundo ele, trata-se de uma "vingança" contra ele, por ter aceitado o pedido de impeachment. "É o preço que eu estou pagando para o Brasil ficar livre do PT. Vivemos um processo puramente de natureza política, estamos na vingança. Cada um vai falar no seu Estado: votei para cassar Eduardo Cunha", disse. Ele afirmou que marcar a sessão de votação numa pré-eleição é querer transformar o episódio num "circo".


Cunha destacou, como já havia feito em depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que cerca de 150 deputados têm contra eles "inquérito, ação penal, denúncia, investigação" e que "amanhã [a cassação] vai ser [com] qualquer um de vocês". Em um momento de sua fala, ele reconheceu a derrota: "posso ficar horas falando aqui, vocês não vão querem me ouvir".

Depois de dizer que não mentiu à CPI da Petrobras, porque segundo ele não tinha conta não declarada na Suíça, Cunha pediu: "A mim, como deputado, só cabe pedir um voto, que tenham isenção. Não me julguem por aquilo que está colocado na opinião pública. Julguem por aquilo que está na peça". Chorando, pediu para que não acabassem com sua carreira política: "Que deus possa iluminar vocês".


 



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