Paraíba

Cunhã Coletivo Feminista promove diálogo sobre violência doméstica e conjuntura

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


08/12/2016

O seminário “Diálogos sobre a conjuntura e sua interface com a violência contra as mulheres, racismo, lesbianidade e masculinidades” é a culminância de uma ação de discussões sobre violência doméstica construída junto com os movimentos sociais na Paraíba, abordando racismo, lesbianidade e masculinidade, dentro deste contexto de golpe, de retirada de direitos.Para promover o debate, o seminário contará com a participação de Lucia Xavier (ONG Crioula), Érica Capinan (Liga Brasileira de Lésbicas) e Roberto Efrem (Instituto Papai/UFPB) enquanto palestrantes.

Após promover diálogos feministas sobre violência doméstica e Lei Maria da Penha em outros encontros, em uma campanha de comunicação(*) e em mobilizações sociais, a Cunhã Coletivo Feminista promove este seminário nesta sexta-feira (09/12) para debater conjuntura e promover o debate público sobre a importância de uma nova consciência, sem violência, sem racismo, sem sexismo, sem lesbofobia e sem homofobia como bases para o fim de uma cultura de violência, em especial a violência doméstica no estado da Paraíba. Um dos objetivos é pensar também nas alternativas de superação da violência doméstica junto aos públicos de homens e de mulheres jovens, negras e lésbicas.

De acordo com a coordenadora do eixo de enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Cunhã, Anadilza Paiva, através desse seminário “pretende-se tecer uma análise da atual conjuntura de retirada de direitos e fortalecer atores e organizações sociais que enfrentam tais questões (racismo, lesbofobia e o machismo) e ainda compartilhar as atuações pedagógicas, políticas e de comunicação. “Estaremos desenhando estratégias para ampliação do debate em conjunto com os parceiros da atividade e com gestores públicos, na intenção em fortalecer o enfrentamento à violência doméstica, e suas especificidades no estado da Paraíba que tem a 2ª maior taxa de crescimento (229,5%), de feminicídios (matar mulher por razões da condição de sexo feminino) dos últimos 10 anos.

No Brasil, as mulheres negras são as maiores vítimas de homicídios (54,2%), de violência doméstica (58,86%), de agressão (68,8%) e tem duas vezes mais chance de serem assassinadas que as brancas (Ministério da Justiça, 2015). As mulheres lésbicas sofrem violências como estupro corretivo e violência física pela sua condição e os homens são os maiores perpetradores de todas estas violências.

A atividade conta com o apoio do Fundo Elas e é realizada em parceria com a Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba, a Coletiva de Mulheres Negras Abayomi, Maria Quitéria, Grupo Marias, Grupo de pesquisa e Extensão em Serviço Social da UFPB, UFCG, PAPAI, SEMDH e CHEGA. 



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