A turbulência que o Cruzeiro viveu nas últimas partidas não passa. A equipe visitou o Figueirense no Orlando Scarpelli e triunfava por 1 a 0, neste domingo, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas levou o empate por 1 a 1 já nos acréscimos da etapa final.

O primeiro gol do jogo saiu em um lance incomum. Aos 36 minutos do primeiro tempo, Ceará cobrou lateral direto na pequena área, Marquinhos se aproveitou da demora de Tiago Volpi, se antecipou ao goleiro e mandou para a rede. Quando parecia que os visitantes ficariam com a vitória, Pablo deixou tudo igual com uma conclusão de fora da área aos 47 minutos.

Uma vitória faria a equipe celeste estabelecer um novo recorde na história dos pontos corridos. Isso porque, o clube chegou a 26 rodadas em sequência na liderança do Brasileirão e completaria 28 obrigatoriamente, ultrapassando o São Paulo, que ficou 27 em 2006 e alcançou a principal marca neste quesito. Agora, para conseguir o feito já na segunda, dependerá de um tropeço do time tricolor.

Com o resultado, o Cruzeiro fica com apenas uma vitória nos seus últimos seis jogos oficiais e, com 61 pontos, pode ver a vantagem na liderança cair. O segundo colocado São Paulo, que tem 53, só irá a campo na segunda-feira, contra o Goiás, em casa.

O Figueirense, por sua vez, segue em um momento ruim e só ganhou uma nas últimas sete partidas, sendo cinco derrotas. Com 36 pontos, o clube catarinense pode se aproximar perigosamente da zona de rebaixamento.

Pela próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Figueirense visitará o Sport na Ilha do Retiro, no próximo domingo, às 17h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Cruzeiro receberá o Botafogo no Mineirão. Antes, na quarta-feira, a equipe celeste duelará em seu estádio com o Santos, pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil.

O jogo – O começo no Orlando Scarpelli foi bastante movimentado, com as duas equipes buscando o ataque. O time mandante procurou ser agressivo, mas o líder naturalmente possui vocação para atacar, por isso, o confronto agradou pela vontade dos atletas em campo. Se em alguns momentos faltou qualidade técnica, disposição sobrou em Florianópolis.

Após um esboço de pressão dos catarinenses, o Cruzeiro acertou melhor a marcação no meio de campo e passou a ter mais posse de bola, que não rendeu o controle da partida, mas manteve o duelo equilibrado, porque o Figueirense apostou nos contra-ataques com muita rapidez. Nos lances de bola parada, os zagueiros da equipe da casa se aventuraram como atacantes, dando trabalho aos defensores mineiros.

O técnico Marcelo Oliveira optou por poupar o lateral Mayke e o volante Lucas Silva, com isso, o Cruzeiro perdeu qualidade de passe e na saída de bola, obrigando Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart retornarem ao campo de defesa para armar a equipe. Dessa forma, Marquinhos e Marcelo Moreno ficaram carentes de boas assistências.

A boa marcação do Figueirense também dificultou as ações cruzeirenses, porém, sobrecarregou Giovanni Augusto que teve a responsabilidade de organizar a equipe da casa. O técnico Argel Fucks tentou inverter as posições dos atacantes Mazola e Marcão, mas a estratégia não surtiu o efeito esperado.

No momento em que o jogo começava a perder em intensidade, o Cruzeiro tratou de aproveitar bobeada defensiva dos catarinenses para abrir os trabalhos no Orlando Scarpelli. Aos 36, Ceará cobrou lateral direto na área, a zaga cochilou, e o atacante Marquinhos antecipou a todo mundo e desviou para a rede.

Na volta para o segundo tempo, o Figueirense procurou exercer pressão apra cima dos visitantes, criando algumas chances para empatar o jogo, mas o time de Argel Fucks deu muitos espaços para os contra-golpes. Os mineiros, porém, executaram os ataques com pouca eficiência permitindo a recuperação da zaga alvinegra.

Com uma postura bem diferente do Cruzeiro de jornadas anteriores, a equipe de Belo Horizonte mostrou um jogo lento na etapa final, deixando os catarinenses animados para buscar o empate. Visivelmente, os atletas celestes sentiram o desgaste pelo excesso de jogos, o que pode explicar a baixa produtividade do time.

Na tentativa de buscar o gol da igualdade, o treinador do Figueirense fez o possível, colocando o time mais ofensivo, mas esbarrou na falta de qualidade e inspiração dos seus comandados. A insistência dos catarinenses, porém, foi premiada aos 47 minutos, em chute de fora da área de Pablo, que acertou o ângulo de Fábio.

FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 1 X 1 CRUZEIRO

Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data: 25 de outubro de 2014, sábado
Horário: 16h20 (de Brasília)
Árbitro: Pablo dos Santos Alves/ES (ESP-2)
Assistentes: Cristhian Passos Sorence/GO (ESP-2) e Leonardo Mendonça/ES (CBF-1)
Cartões amarelos: (Figueirense) Thiago Heleno (Cruzeiro) Lucas Silva
GOLS: FIGUEIRENSE: Pablo, aos 47 minutos do segundo tempo
CRUZEIRO: Marquinhos, aos 36 minutos do primeiro tempo

FIGUEIRENSE: Tiago Volpi; Jefferson, Marquinhos, Thiago Heleno e Roberto Cereceda; Paulo Roberto, França (Léo Lisboa), Marco Antônio e Giovanni Augusto (Clayton); Mazola e Marcão (Pablo)
Técnico: Argel Fucks

CRUZEIRO: Fábio; Ceará, Dedé, Léo e Egídio; Henrique (Willian Farias), Nilton, Everton Ribeiro (Willian) e Ricardo Goulart (Lucas Silva); Marquinhos e Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira