Saúde

CRM-PB interdita eticamente Unidade de Saúde do Varjão, em João Pessoa

USF apresenta condições insalubres para o ato médico, com mofo e infiltrações, além de falta de insumos, EPIs e materiais e mobiliários deteriorados


26/11/2021

(Foto: divulgação/CRM-PB)

Portal WSCOM

A Unidade de Saúde da Família (USF) Integrada Qualidade de Vida, no bairro do Varjão, em João Pessoa, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), a partir desta sexta-feira (26). O local apresenta condições insalubres para o atendimento de pacientes, com mofo, infiltração, falta de ventilação, além de materiais e mobiliário deteriorados e falta de insumos e equipamentos de proteção individual (EPI).

No dia 18 de novembro, a equipe de fiscalização do CRM-PB esteve na USF e constatou as irregularidades, que foram encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa. Nesta quinta (25), o Conselho voltou à unidade e constatou que não foram tomadas providências para a resolução dos problemas do local. Desta forma, desde a zero hora desta sexta (26), os médicos que trabalham na unidade estão impedidos de prestar seus serviços.

 

 

(Fotos: divulgação/CRM-PB)

 

“A unidade de saúde não garante as condições mínimas para um atendimento digno da população, nem oferece um local de trabalho adequado para os profissionais de saúde. É frequente a falta de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, álcool, por exemplo. Além disso, há sérios problemas estruturais que comprometem o atendimento médico”, afirmou o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza. Segundo ele, já foram solicitadas providências à gestão municipal.

 

 

(Fotos: divulgação/CRM-PB)

 

Conforme o relatório de fiscalização do CRM-PB, a unidade possui seis consultórios médicos, todos com infiltrações e mofo e sem climatização, em alguns faltam pias, sabão líquido, papel toalha e maca para examinar o paciente. Também foi constatado que faltam equipamentos básicos para o exame de pacientes, na sala de curativos faltam materiais e estes têm sido adquiridos pelos médicos residentes, não há segurança no processo de esterilização dos equipamentos, o mobiliário dos ambientes apresenta desgaste e há lâmpadas queimadas.

“Desta forma, infelizmente, tivemos que optar pela interdição ética dos médicos que trabalham na unidade. Assim que as inconformidades forem corrigidas, o CRM-PB voltará à unidade para promover a desinterdição”, completou o diretor de fiscalização.



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