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Criança de 1 ano é ‘atacada’ por caravela portuguesa na praia e tem queimaduras

Caravela


21/01/2015

{arquivo}Uma menina de apenas 1 ano foi “atacada” por uma caravela portuguesa quando estava na Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio. Manuela teve queimaduras nos braços e nas pernas. O caso aconteceu no último dia 16 e, atualmente, a garota se recupera em casa. Ela ainda toma remédios e tem que ficar no ar-condicionado a maior parte do tempo – por causa da pele irritada -, mas deve ter alta em breve. A foto da menina ainda com curativos e tomando medicação intravenosa foi postada pela mãe, Alessandra Veiga Martins, de 41 anos, no Facebook e já teve quase quatro mil compartilhamentos.

– Minha intenção é alertar as pessoas para esse novo perigo nas praias. A minha filha só está bem porque o pai, graças a Deus, agiu rapidamente e logo que viu que ela havia sido atingida, correu para um hospital. Só lá descobriram que a Manuela havia sido atingida por uma caravela portuguesa e não por uma água-viva comum. As duas são muito parecidas, mas a caravela, segundo os médicos, é extremamente tóxica – disse ela.

Segundo Alessandra, Manuela está ótima “porque recebeu o tratamento adequado” no Hospital Copa D’Or, também na Zona Sul:

– A equipe foi rápida. Logo descobriram que o adequado é fazer compressas de vinagre e, como não tinha no hospital, saíram para comprar. Chegamos lá às 17h e às 22h saímos de lá. Ainda está em observação, mas quase 100%.

A autônoma disse que ouviu relatos do aparecimento de caravelas portuguesas em outras praias do Rio, como a da Barra da Tijuca.

{arquivo}- Nunca tinha ouvido falar disso. Mas agora, bati o martelo. Praia, nunca mais. Daqui para frente, apenas piscina. Minha filha nem estava no fundo. Estava bem na beira da água, brincando com aquela espuminha que a onda forma – afirmou.

O oceanógrafo David Zee, da Faculdade de Oceanografia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), disse que a caravela portuguesa é da mesma família que a água-viva, mas confirmou a informação recebida por Alessandra de que é muito mais tóxica. De acordo com ele, elas não são comuns na orla carioca e foram arrastadas do alto-mar.

Ainda segundo David, com o mar parado como tem estado esses dias, as caravelas permanecem na orla. O oceanógrafo disse também que o procedimento adotado pelo pai de Manuela foi correto:

– A pessoa tem que tomar um cuidado muito grande, não tocar a região. E outra pessoa também não deve tocar porque o veneno que fica em ferrões que a caravela portuguesa solta pode se espalhar para ela também. O melhor remédio é a rapidez para chegar a um hospital.



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