Política

CPI da Petrobras discutirá Operação Lava Jato com ministros do Supremo

Lava Jato


11/08/2015



 O vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), informou nesta terça-feira (11), que a comissão marcou audiências com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e Celso de Mello para tratar de decisões da corte sobre investigados na Operação Lava Jato.

Segundo o deputado, algumas decisões dos ministros têm frustrado os trabalhos da CPI ao liberar os investigados de acareações ou não autorizar o acesso ao teor de depoimentos.

“A gente tem recebido decisões que têm dificultado o avanço das tarefas da CPI com a relação à presença de depoentes e até mesmo o compartilhamento de informações”, afirmou Imbassahy, que presidiu a sessão desta terça na ausência do presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB).

“Vai ser uma boa oportunidade para tirar algumas dúvidas e também colocar algumas inquietações que a CPI está tendo porque é frustrante”, completou o deputado.

Uma comitiva de deputados, ainda a ser definida, deverá se encontrar nesta quarta-feira (12) com Mello e na outra quarta (20) com Zavascki.

Apesar dos requerimentos aprovados na CPI, Zavascki rejeitou pedidos dos parlamentares para fornecer o conteúdo de diversos depoimentos de delações premiadas, entre eles o do dono da UTC Ricardo Pessoa.

O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), também lamentou as decisões do tribunal.

“A CPI tomou uma decisão de só ouvir o Ricardo Pessoa depois que nós tivéssemos acesso à delação que ele fez e o Supremo negou o compartilhamento dos dados. Então, nós estamos diante de um impasse: vamos chamá-lo, revendo a nossa posição, sem ter acesso ou vamos discutir com os ministros do Supremo esse compartilhamento?”, questionou o petista.

Em julho, o ministro Celso de Mello acatou pedido da defesa do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que apresentou relatório médico atestando que ele sofre de câncer ósseo, e o liberou de comparecer à CPI, inviabilizando uma acareação prevista entre ele e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e outra entre ele e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.



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