O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, disse nesta segunda-feira (07), que a Paraíba ainda irá enfrentar o pico de casos de covid-19 gerado pela nova variante ômicrom no fim deste mês. Mesmo diante do célere aumento do número de infectados, a previsão para o fim de fevereiro é de aumento nos índices da pandemia no estado, tanto no número de casos quanto de internações.

O médico pneumologista destacou que o número de mortes também irá subir entre àqueles que não se vacinaram ou não completaram os esquemas vacinais com a segunda dose ou dose de reforço.

“Este é o cenário de pico de incidência que será mais elevado ainda no fim do mês de fevereiro. Teremos um maior número de casos novos diários, infelizmente, um maior número de mortes principalmente naquelas pessoas que não se vacinaram ou não receberam a dose de reforço”, declarou em entrevista a TV Cabo Branco.

De acordo com Medeiros, a variante ômicrom tem uma capacidade de propagação extremamente elevada e alertou para a necessidade de se proteger do vírus com a imunização completa.

“É mais um momento para alertar a população que ainda não foi a sala de vacinação receber sua dose de reforço ou completar seu ciclo de vacinação. Àqueles que ainda não se vacinaram este é o momento, porque a variante ômicrom tem uma capacidade de propagação elevadíssima e você se contaminará brevemente se estiver desprotegido, e é um candidato a ir para um leito de UTI”, destacou.

O secretário lembrou ainda que o alerta sobre o aumento de casos e óbitos pela doença foi divulgado ainda no final de 2021, devido à circulação da variante ômicron e aglomerações de fim de ano, e alertou novamente que os festejos de carnaval podem levar a um novo aumento dos números e um novo pico de casos no mês de março.

“Nós já fizemos o alerta desde o final de dezembro, início de janeiro de que ocorreria esse pico em fevereiro e março. Nós temos ainda a segunda quinzena de março quando ocorrerão pico de mortes e no final desse mês de fevereiro o pico de pessoas e de internamento hospitalares”, disse.

Atualmente a região metropolitana de João Pessoa ultrapassa 80% de ocupação em leitos de UTI covid-19 e a gestão estadual e municipal de Saúde temem um colapso na rede da capital diante do recrudescimento da pandemia.