Política

Couto compara apoiadores de Cunha e Temer a Judas e ‘falso moralistas’

IMPEACHMENT


20/04/2016



A indignação do deputado federal petista Luiz Couto (PT) em relação à aprovação do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, parece não cessar. De acordo com o parlamentar, a decisão da maioria da Câmara dos Deputados foi "imperdoável" e inflamada pela grande mídia que preferiu ignorar a verdadeira divisão da Nação.

"Os 367 votos demonstraram vergonhosa insensibilidade e um falso moralismo dos que deveriam agir como mandatários do povo, com relação à gravidade de um processo ilegal, inescrupuloso e totalmente eivado de interesses pessoais. É inadmissível ter-se chegado a esse ponto! V.Exas. estão jogando cidadãos contra cidadãos e encravando um punhal nas costas da democracia brasileira! V.Exas. não respeitam a vontade de todos os brasileiros e brasileiras!", disse Luiz Couto.

Ele analisou que o impeachment de Dilma, sem crime de responsabilidade, afronta a a segurança jurídica do voto e a credibilidade das instituições: "Não se pode apequenar a escolha de uma Presidenta da República legitimamente eleita e que não cometeu crime algum, sob pena de apequenarem-se os próprios cidadãos e cidadãs.

Cidadãos e cidadãs, brasileiros e brasileiras, não acreditem nas imagens transmitidas por uma televisão criminosa e antiética, como a Globo. Os falsos profetas de ontem, intitulados como os conhecedores e amigos de Deus, estão adorando dois bezerros de ouro chamados Eduardo Cunha e Michel Temer. Lembrem-se de que, nas escrituras sagradas, Judas andava com Jesus e era responsável pelas finanças e, ainda assim, o traiu por um saco de moedas de ouro".

Para Couto, o placar da Câmara só terá sua gravidade compreendida com o tempo. "A fama histórica e suja de golpistas, traíras e conspiradores não poderá ser retirada das páginas dos livros, das memórias das pessoas, das fotografias e dos registros históricos do dia em que os farsantes e os armadores de complô da vingança de classes e das vaidades ofendidas pregaram seu próprio ódio, suas torturas e intolerâncias ao famigerado povo brasileiro", previu.

O parlamentar lembrou a vontade do povo e disse que vozes das ruas representam o Brasil que pulsa e sangra por um dia melhor. Finalmente, ele citou trecho de artigo do jornalista Mino Carta: "A Casa Grande, como se sabe, não tem voto. Dá Golpe. E se valeram da armadilha regimental montada pelo corrupto Cunha. Essa é uma tragédia nacional sem tamanho, pois todos perdemos. Não é só a Presidenta Dilma ou o Lulopetismo, somos todos nós que perdemos. Esse é o pior golpe que o Brasil sofre", disse.

No encerramento de seu pronunciamento, Luiz Couto enfatizou que, apesar das adversidades, o Partido dos Trabalhadores não vai desistir de construir um Brasil justo e longe da corrupção e dos falsos moralistas.



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