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Corrida ajuda a tratar depressão e encontrar ‘O Lado Bom da Vida’
eu atleta
23/02/2013
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No filme de David O Russel indicado a oito Oscars, Bradley Cooper vive Pat Solatano, um professor com distúrbio bipolar que passa meses internado em um hospital psiquiátrico. Quando finalmente coloca os pés na rua, ele corre – para fugir dos próprios sentimentos, para rever a mulher amada, para se afastar das cobranças familiares – ele corre. Correndo faz uma amiga, igualmente desequilibrada. E correndo vai retomando o próprio equilíbrio.
– A corrida libera endorfina. Esporte vicia… graças a Deus – disse o psiquiatra Marcos Gebara, diretor regional da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Segundo o treinador Manuel Lago, especialista do EU ATLETA, a atividade física ainda ajuda a relaxar.
– O exercício também libera a tensão muscular e aumenta a temperatura do corpo, provocando relaxamento.
O estudante João Victor Nascimento, de 23 anos, provou os resultados no próprio corpo (e mente). Vítima de repetidos episódios de depressão, há oito meses descobriu a corrida.
– A corrida me ajudou bastante e continua ajudando a diminuir essa angústia. No final de um treino já me sinto melhor – disse.
Mas essa é só a pequena ponta do (bom) iceberg. Atualmente, muitos estudos provam que o esporte aumenta consideravelmente a produção de neurotrofinas, uma família de proteínas que protegem os neurônios.
– Imagine que o neurônio é uma planta e nasce a partir de uma semente. Se você a coloca em um solo pobre e arenoso, certamente terá uma planta de baixa qualidade. Se a colocar em solo fértil, terá uma árvore grande, frondosa e resistente. A neurotrofina é o "jardineiro" do neurônio – comparou Marcos Gebara.
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