Policial

Corpos de irmãs mortas em incêndio serão sepultados em até 30 dias, após o DNA

Demora


09/04/2015

{arquivo}Os corpos das duas meninas, irmãs de oito e nove anos de idade, que morreram carbonizadas na noite desta quarta-feira (9), serão sepultados somente após a conclusão do exame de DNA realizado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC). A espera da família poderá durar até 30 dias. O teste é necessário para a identificação dos corpos das vítimas.

As meninas ficaram em estado de decomposição que não permite a realização do exame de DNA pelos fios de cabelo ou pelas digitais. O material terá que ser recolhido da cartilagem óssea das vítimas. A informação foi confirmada pelo perito Israel Laureano ao portal Paraíba.Com.

Ainda de acordo com o perito, o resultado do exame sairá em até 30 dias. A demora na liberação dos corpos teria revoltado os familiares das crianças. O perito Israel Laureano, que responde pela gerência de Identificação Civil e Criminal do Estado, explicou que devido o estado de decomposição dos corpos, não existe a menor possibilidade de fazer o DNA pelos cabelos ou pelas impressões digitais. Com isso, única saída é fazer o exame utilizando material ósseo.

Ele adiantou que já foi a coleta do material nos pais e nas duas crianças e se houver necessidade outras coletas poderão ser feitas. “A identificação meramente formal e pessoal dos corpos por parte dos familiares não é suficiente. Nós trabalhamos com provas científicas e isso representa uma segurança jurídica para o Estado como também os familiares das vítimas”, explicou o perito ao afirmar que o resultado do exame deve sair em até 30 dias.

A decisão do IPC de só liberar os corpos daqui há 30 dias. A demora na liberação dos corpos revoltou alguns familiares das duas crianças. Mas, segundo o IPC, o procedimento é de praxe e representa segurança jurídica para o Estado e para os próprios familiares das vítimas.

Entenda o incidente
{arquivo}O incêndio ocorreu na comunidade do Riachinho, no bairro Jardim Treze de Maio, em João Pessoa. As duas irmãs dormiam em uma cama beliche quando as chamas, que podem ter sido provocadas por uma vela, começaram.
Segundo informações de testemunhas, após começar o incêndio a mãe das crianças tentou arrombar a porta do quarto onde estavam as meninas, mas não conseguiu.

Vizinhos tentaram ajudar e conseguiram arrombar a porta da frente da casa e retirar a mãe e um outro filho, também menor de idade, mas não puderam ajudar as duas meninas, que morreram abraçadas no local.

Ainda segundo informações de testemunhas, a mãe teria utilizado uma vela dentro do quarto porque o fornecimento de energia da casa havia sido cortado por falta de pagamento.

O corpo das crianças foi encaminhado a Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de João Pessoa.
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