Futebol

Corintianos esbravejam com arbitragem, e Mano Menezes vê falta de bom senso

bom senso


02/11/2014



 Os jogadores do Corinthians deixaram o gramado do estádio de Itaquera empolgados com o empate buscado no finalzinho e irritados com a arbitragem. No 2 a 2 com o Coritiba, o confuso e mal assistido Jean Pierre Gonçalves Lima chegou a recuar depois de dar um pênalti para o time alvinegro e anulou gols dos dois times.

"Tomamos dois gols, o que dificultou bastante, mas Corinthians é isso aí. Vamos sempre lutar até o final", afirmou Danilo. "Foi na raça. Legal para caramba, né? Fico feliz pelo gol. Pelo que foi o jogo, o resultado ficou de bom tamanho", disse Bruno Henrique, que definiu o placar aos 49 minutos do segundo tempo.

O sorriso não foi o mesmo quando a equipe de arbitragem foi mencionada. Foram vários os lances que revoltaram os alvinegros, como o gol irregular do impedido Robinho, mas nenhum gerou tanta reclamação quanto o pênalti de Welinton em Luciano anulado após dois minutos.

"Ele está de frente, vê o lance e dá o pênalti. Aí, depois, fala que não foi, cara? Alguém avisou, não sei. Ele deu o pênalti porque estava vendo o lance. Então, tem que dar", comentou Danilo. "Foi meio bagunçado, né? Não gosto de falar, porque é um profissional também, só que foi meio estranha a arbitragem."

Houve outra marcação da qual Lima recuou. Foi no início do segundo tempo, em lance no qual Cássio saiu da área com carrinho em Alex. Anotou-se toque de mão fora da área do goleiro, ao que se seguiu enorme pressão alvinegra. Dois minutos depois, a falta foi anulada.

"O Alex adiantou um pouco a bola. Eu vi que estava perto. Então, encolhi o corpo. A bola bateu no meu joelho. O árbitro de trás tirou não sei de onde que viu a bola pegar na minha mão. Não pegou, pegou nas pernas", disse o goleiro, resumindo em uma palavra o trabalho do quinteto de arbitragem: "Complicado".

Mano Menezes vê "falta de bom senso" em escalação de juiz gaúcho

O gaúcho Mano Menezes criticou a escalação de um quinteto do Rio Grande do Sul para a partida entre Corinthians e Coritiba. Internacional e Grêmio participaram recentemente de um processo que pedia a retirada de quatro pontos da equipe alvinegra por suposta escalação irregular de Petros. Perderam, e o Grêmio recorreu nesta semana.

"Penso que, no mínimo, faltou bom-senso. Você expõe o juiz à velha análise a que, na hora do vamos ver, você sempre recorre. Você passa a não entender como erro técnico. Tem, pela emoção, a tendência de achar outra coisa. É ruim dar essa oportunidade ao torcedor e aos profissionais", afirmou o técnico alvinegro.

A atuação do quinteto conduzido por Jean Pierre Gonçalves Lima no empate por 2 a 2 foi desastrosa. Houve um pênalti e uma falta dados e anulados. Um gol ilegal do Coritiba foi validado; outro, anulado por falta bem questionável. Jadson recebeu na cara do gol e teve um impedimento mal marcado.

Ainda no questionamento à escalação da equipe gaúcha, Mano usou como exemplo o lance no qual foi assinalada uma falta de Cássio por suposto toque na mão. A marcação foi do bandeira José Javel Silveira e desfeita após muito questionamento dos jogadores do Corinthians.

"Achei que houve muita boa vontade para marcar alguns lances, como o lance do Cássio. O bandeira agitou o instrumento com uma veemência", disse o treinador, alongando bastante a última palavra para efeito retórico. "Você não pode ver uma coisa que não existiu com tanta certeza. Achei isso muito estranho."

A revolta era parecida com o outro bandeira, José Eduardo Calza, responsável por legitimar o gol ilegal de Robinho e por apontar impedimento inexistente de Jadson. Mano insinuou ainda que houve uso de imagem de TV para anular "o lance duvidoso" do pênalti de Welinton em Luciano.

Elencadas as reclamações, o gaúcho repetiu o questionamento sobre a escalação de cinco conterrâneos seus para um jogo do Corinthians neste momento. "Pelo número de excelentes árbitros que temos, a comissão poderia ter tido esse cuidado nesta hora, para que a coisa fosse vista com outros olhos."



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