Ao fim da jornada pelos Estados Unidos, o Corinthians leva um saldo positivo na volta para casa neste domingo. Foram 10 dias de trabalho em três cidades diferentes, treinamentos intensos com bola, além de uma derrota para o Colônia-ALE por 1 a 0 e uma vitória sobre o Bayer Leverkusen-ALE por 2 a 1.

Internamente, Tite, comissão técnica e diretoria tratavam com preocupação os confrontos com os times alemães. O estágio físico do Corinthians em relação aos adversários era mais atrasado, já que o elenco realizou uma semana de treinamentos até o jogo de quinta-feira passada. Mesmo que o Campeonato Alemão esteja paralisado pelo inverno europeu, os times rivais se preparavam havia mais tempo.

Por isso, em sua entrevista coletiva pós-vitória sobre o Leverkusen, Tite declarou que o torneio seria mais confortável para os atletas se a competição tivesse iniciado alguns dias depois. Ainda assim, os comentários no sábado foram positivos, sobretudo no sentido de jogar contra adversários de nível mais alto. A caminho de jogos duros contra o Once Caldas-COL por um lugar na fase de grupos da Copa Libertadores, o Corinthians ficou satisfeito com si próprio pelo desempenho nos testes.

"Esse nível de enfrentamento nos faz identificar problemas muito rápido. Contra uma equipe que vai igualar a você em termos técnicos, você consegue diagnosticar tudo antes. Nós vimos coisas que podem nos ajudar para o dia 1º de fevereiro no Paulista", exemplificou Edu Gaspar, gerente de futebol que traçou o período nos Estados Unidos em conjunto com o departamento de marketing do clube.

Ainda que tenha passado por alguns "perrengues" principalmente na viagem e chegada aos Estados Unidos, a comissão conseguiu boa estrutura de trabalho e permitiu a Tite dar início ao trabalho de 2015. Em 10 dias, o treinador tentou dar mais confiança ao zagueiro Felipe, incorporou Lodeiro ao time, testou jogadores em posições diferentes, como Petros, e também recolocou Emerson Sheik entre os titulares. Três formações táticas foram trabalhadas: 4-2-3-1, basicamente no formado de 2014, 4-4-2, com meias abertos pelos lados, e 4-1-4-1, com Ralf fixo à frente da defesa.

Dessa maneira, salvo mudança de rumos muito grande no clube por conta das eleições marcadas para 7 de fevereiro, o Corinthians estará de volta aos Estados Unidos em 2016. Financeiramente, a viagem à Flórida rendeu menos da metade do que era desejado, mas a esperança é reforçar os laços no próximo ano e afirmar a imagem do clube fora do Brasil.
Gerente de futebol do clube, Edu Gaspar assegurou a prioridade para o Corinthians decidir se irá participar da Flórida Cup ou não nos próximos quatro anos. Logo depois do triunfo no sábado, ele confirmou que já está praticamente definido que o clube vai exercer a nova participação. Para 2016, é ainda provável a presença do Orlando City-EUA, time novato que recebe o brasileiro Kaká na próxima semana.