Economia
Copom eleva taxa Selic pela quinta vez seguida e juros alcançam patamar do governo Dilma
20/03/2025

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967
Da Redação / Portal WSCOM
O comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25%. A decisão foi tomada de forma unânime nesta quarta-feira (19). A nova taxa representa o maior patamar da Selic desde a crise financeira enfrentada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff quando a taxa de juros também alcançou 14,25%. Dilma sofreu um impeachment em agosto de 2016.
Após a reunião do Copom, o Banco Central indicou que poderá aumentar novamente a Selic na próxima reunião do comitê marcada para os dias 6 e 7 de maio. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aporto monetário em curso, o Comitê antevê um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”.
Com o anúncio desta quarta-feira, a Selic sofreu a quinta alta seguida. O Banco Central demonstra preocupação com a inflação num cenário de economia aquecida. Com a inflação em alta, a instituição tem escolhido aumentar a taxa básica.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o aumento já era previsto. “Esse aumento, na verdade, teve um guidance no final do ano passado. O presidente do Banco Central disse em entrevista coletiva que o guidance seria observado”, explicou o ministro.
A taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, é considerada a taxa básica da economia brasileira, a partir dela são calculadas as taxas de empréstimos bancários e financiamentos. Com a alta da Selic, a obtenção de crédito se torna mais custosa para a população.
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