As contas de campanha do prefeito reeleito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), estão sob análise da Justiça Eleitoral, que recebeu um parecer recomendando sua desaprovação. A avaliação identificou uma série de inconsistências e falhas que levantam dúvidas sobre a regularidade das despesas declaradas.

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Entre os pontos destacados no relatório está uma dívida de campanha significativa. Enquanto as despesas contratadas totalizaram mais de R$ 6,6 milhões, os pagamentos efetivamente realizados ficaram em cerca de R$ 5,6 milhões, deixando um saldo devedor superior a R$ 1 milhão.

Outra irregularidade apontada envolve fornecedores cujos administradores ou sócios são beneficiários de programas sociais, o que questiona a capacidade operacional desses prestadores para atender às demandas da campanha. Além disso, o documento menciona a ausência de declarações obrigatórias, como a comprovação do recebimento de sobras de campanha em bens imóveis, conforme estipulado pela legislação eleitoral.

O parecer também revelou omissões e inconsistências nas declarações financeiras. Por exemplo, despesas com o Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. foram declaradas em R$ 225.108,00, mas apenas R$ 72.017,88 foram efetivamente registrados como valores realizados, indicando a existência de sobras de campanha não recolhidas.

Com base nas irregularidades identificadas, a Comissão de Exame recomendou a desaprovação das contas de Bruno Cunha Lima. O relatório também propõe o recolhimento de R$ 272.486,48 ao Tesouro Nacional, valor relacionado ao uso inadequado de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.