Nos últimos dias, mais de um milhão de brasileiros migraram para o Bluesky, em busca de uma alternativa ao X, antigo Twitter. À frente dessa rede social em ascensão está Jay Graber, de 33 anos, cuja liderança tem atraído a atenção do mundo digital, especialmente no Brasil.

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Graber, conhecida por sua postura bem-humorada, celebrou a chegada em massa dos brasileiros à plataforma. Na última quinta-feira, quando o movimento ainda estava começando, ela postou em sua conta: “Bem-vindo (de volta), Brasil! Agora a festa pode realmente começar. 🎉”. Já no sábado, com os números disparando, ela reafirmou o compromisso: “Bem-vindo, faremos o nosso melhor para fazer do Bluesky um bom lugar para você! 🫡🦋”.

Em meio à avalanche de novos usuários, Graber compartilhou uma publicação de uma usuária que brincava com a sobrecarga nos servidores: “os 4 funcionários do Bluesky surtando tentando fazer o app não cair com tanto download por segundo”. Jay respondeu com uma única palavra: “Preciso”.

Mas, afinal, quem é Jay Graber? Nascida em 1991 em Tulsa, Oklahoma, Jay é filha de um professor de matemática e de uma acupunturista chinesa que imigrou para os Estados Unidos nos anos 1980. Ela se formou na Universidade da Pensilvânia em 2013, em Ciência, Tecnologia e Sociedade. Após trabalhar na ONG Free Press e em empresas de tecnologia como a Skuchain e a Zcash, ela fundou sua própria startup, Happening, em 2019, antes de ser escolhida por Jack Dorsey, fundador do Twitter, para liderar o Bluesky em dezembro de 2021.

O Bluesky, uma rede social que remete ao antigo Twitter com postagens limitadas a 300 caracteres e opções de compartilhamento de conteúdos, tem experimentado um crescimento acelerado. Em março de 2024, a plataforma já contava com mais de 5,2 milhões de usuários. Atualmente, o site da Bluesky recebeu cerca de 15,8 milhões de visitantes apenas em julho deste ano, com os Estados Unidos liderando o tráfego, seguidos por Japão, Alemanha, Reino Unido e Brasil.

Em entrevista recente ao Correio Braziliense, Jay Graber ressaltou a importância dos usuários brasileiros para o Bluesky. Ela lembrou que os brasileiros foram uma das primeiras comunidades a adotar a plataforma em 2023, quando o número total de usuários ainda era inferior a 20 mil. Jay destacou a cultura vibrante de memes e piadas que os brasileiros trouxeram para a rede, fortalecendo o caráter da comunidade.

Além disso, Graber não hesitou em diferenciar o Bluesky de outras plataformas, como o X de Elon Musk, afirmando seu compromisso com o cumprimento das leis brasileiras e uma moderação responsável de conteúdo. “Pretendemos respeitar totalmente as leis e autoridades locais do Brasil”, afirmou.