A deputada federal Carla Zambelli está trabalhando com advogados no Brasil e na Itália para evitar que seja extraditada após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. A parlamentar está refugiada na Europa e sua defesa traça estratégias que incluem até mesmo a apresentação de recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Segundo a coluna Rada, da Revista VEJA, o advogado Fábio Pagnozzi afirmou que Carla está disposta a se entregar às autoridades italianas, caso um pedido neste sentido lhe seja feito. “Mas por enquanto, com as autoridades italianas, ela não tem nenhum pedido de prisão. A Itália não se manifestou nesse sentido ainda”, pondera.

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O jurista destacou que a deputada do PL quer cooperar e que prefere cumprir a pena na Itália, caso isso seja inevitável. “Obviamente ela vai cooperar com as autoridades italianas. Não está querendo ser fugitiva ou ficar foragida dentro da Itália. Mas ela gostaria que, se tivesse que cumprir pena, que a pena seja cumprida na Itália”.

Pagnozzi está trabalhando em conjunto com o advogado Piermilio Sammarco para uma comparação sobre as legislações dos dois países. “Estamos fazendo essa defesa em conjunto, porque ele precisa saber das leis do Brasil para poder aplicar lá para saber o que se comunica de crime aqui com a Itália. Nesse caso da suposta invasão da CNJ, já não seria um crime que talvez coubesse a extradição. Então, são matérias que ainda estamos estudando juntos para saber o futuro da Carla”, explicou o jurista.