A estudante Selena Samara Gomes da Silva foi condenada nesta terça-feira (16) a 17 anos de prisão pelo assassinato de Clayton Thomaz de Souza, também estudante, mais conhecido pelo apelido de Alph. O veredito foi proferido no 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, situado no Fórum Criminal.

O crime, que ocorreu em 6 de fevereiro de 2020, na Comunidade Aratú, João Pessoa, envolveu um suposto triângulo amoroso entre a condenada, a vítima e Abraão Avelino da Fonseca, outro acusado cujo julgamento ocorrerá separadamente devido a um recurso. Segundo o processo, após Selena e Clayton passarem a noite juntos, os três saíram no veículo de Selena para a localidade onde o crime foi cometido. Alph foi morto com um disparo de arma de fogo, e seu corpo foi abandonado em um terreno que dá acesso à Praia de Gramame, sendo encontrado em estado avançado de decomposição 11 dias depois.

Durante o julgamento, a defesa de Selena alegou que ela estava apenas tentando ajudar Alph, descrito por eles como um conhecido traficante, uma afirmação que gerou controvérsias e foi usada para tentar atenuar sua participação no crime. A defesa já anunciou que irá recorrer da decisão.

A complexidade do caso foi ampliada pela relação amorosa que Selena mantinha simultaneamente com os dois homens envolvidos, apontada como a motivação para o crime segundo a acusação. A polícia conseguiu elucidar o caso após investigações que incluíram a quebra do sigilo telefônico e bancário dos envolvidos, bem como depoimentos de testemunhas.