Como resultado da audiência pública realizada nesta terça-feira (24), na Assembleia Legislativa da Paraíba, decidiu-se que Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa vai compilar as sugestões colhidas para o enfrentamento e combate ao avanço do zika vírus e do número de casos de bebês com microcefalia e cobrar dos poderes públicos ações urgentes e bem definidas para barrar a epidemia na Paraíba.

Segundo o Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira, a Paraíba é o segundo estado em número de casos notificados suspeitos (96), perdendo apenas para Pernambuco (487), sendo 739 no Brasil. A Secretaria de Saúde do Estado, no entanto, já notificou 104 casos e 22 foram confirmados.

“Os números são alarmantes e estamos diante de uma geração de mutilados. Temos que barrar esse avanço com campanhas preventivas e ações eficazes”, defendeu o deputado. Segundo ele, trata-se de uma emergência em saúde e, como tal, deve ser encarada. “É a primeira vez na história que um estado de emergência em saúde pública é decretado. A doença não é novidade, mas o que chama a atenção é o aumento expressivo do número de casos”.

Para Rosimere Ribeiro Sales, representante da Secretaria Municipal de Saúde de Recife, o governo federal ainda está tímido em relação ao problema. “Os estados estão tomando suas providências, mas precisam desse apoio. Há muito a ser feito”.

O médico pediatra paraibano Bruno Leandro de Souza falou das etapas do manejo clínico a fim de observar, registrar e acompanhar casos suspeitos ou confirmados. Enumerou, também, as orientações e recomendações feitas às gestantes e as ações que a coletividade e autoridades devem tomar na prevenção dos casos.

Para o Ministério da Saúde, combater o Aedes aegypti, transmissor das três enfermidades, é o principal foco da campanha de conscientização criada recentemente. Além de Pernambuco e Paraíba, o Ministério da Saúde acompanha casos notificados em Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (01). Entre o total de casos, foi notificado um óbito suspeito no estado do Rio Grande do Norte. Este caso está em investigação para definir a causa da morte. Para dar maior agilidade às investigações, o Ministério da Saúde acionou, na última semana, o Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII).