Futebol

Com pênalti duvidoso, Fluminense é derrotado pelo Emelec em Guayaquil

Polêmico


03/05/2013

{arquivo}"O importante é fazer gol". A frase do técnico Abel Braga, dita antes de a bola rolar, será fundamental para manter vivo o sonho do Fluminense na Copa Libertadores. Afinal, a derrota por 2 a 1 para o Emelec, na noite desta quarta-feira, no Estádio George Capwell, em Guayaquil (EQU), pelo jogo de ida das oitavas de final, não foi o fim do mundo para a equipe justamente pelo gol marcado fora de casa. Porém, no final da partida os jogadores tricolores reclamaram muito da marcação do pênalti para os equatorianos em um lance muito duvidoso.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 22h, em São Januário. O Fluminense precisa de uma simples vitória de 1 a 0 para se classificar. O Emelec, por sua vez, joga pelo empate. Caso o resultado se repita, a vaga será decidida na disputa de pênaltis. Quem se classificar encara Tigre (ARG) ou Olimpia (PAR).

EMELEC APLICA BLITZ INICIAL
O Emelec fez jus ao nome que originou a sua criação (Empresa Elétrica do Equador) e começou a partida de maneira bastante intensa. Logo nos primeiros minutos, a equipe chegou com bastante perigo ao gol de Diego Cavalieri. O meia Mondaini levava bastante perigo e chegou a acertar a trave em um belo chute de fora da área. Durante os 10 primeiros minutos, o que se viu foi uma verdadeira "blitz" ofensiva do time equatoriano.

Enquanto isso, o Fluminense tentava se defender da melhor maneira possível. E, de certa forma, conseguia. Apesar da pressão dos donos da casa, o sistema defensivo estava seguro e poucas vezes o adversário conseguia chegar até o gol de Cavalieri. Mas o Tricolor não foi para o Equador apenas para se defender. Aos poucos, tentava sair e atacar. Em um lance de perigo, Wágner cobrou falta venenosa e obrigou Dreer a fazer boa defesa.

O que mais atrapalhava a vida do Tricolor era a dificuldade de manter a posse de bola. O Emelec conseguia isso. E aos 32 minutos da primeira etapa, após uma boa troca de passes, Vera cruzou na área e Leandro Euzébio fez lambança e acabou marcando contra. Mas a alegria equatoriana não durou muito tempo. O Flu manteve a calma e buscava se acertar em campo, tanto que aos 43 veio a recompensa. Wágner acertou um belo chute de fora da área para deixar tudo igual. Pelo menos no primeiro tempo.

PÊNALTI DUVIDOSO DEFINE O RESULTADO
Se o primeiro tempo foi bastante movimentado, o mesmo não deu para dizer sobre a etapa final. Primeiro porque logo nos primeiros minutos o jogo teve que ser paralisado em três oportunidades para atendimento a jogadores do Emelec. Além disso, as duas equipes voltaram em um ritmo mais lento. O Tricolor, inclusive, lembrou o estilo de jogo do ano passado, ao esperar o time equatoriano atacar para poder sair no contra-ataque.

A questão é que nem mesmo os donos da casa conseguiam atacar. Por isso, na teoria o Flu tinha uma boa oportunidade para tentar sair para o jogo e buscar um resultado que praticamente garantiria a classificação. No entanto, o meio de campo não criou e o ataque funcionava ainda menos do que na etapa inicial. E conforme o tempo passava, o Emelec atacava mais para buscar o gol. Mas também ficava mais exposto.

Nos minutos finais, os equatorianos passaram a chegar cada vez com mais frequência. E aos 42 minutos, o árbitro Wilmar Roldan marcou um pênalti bastante duvidoso a favor dos donos da casa após lance do lateral Carlinhos. Gaibor, que acabara de entrar, cobrou bem e marcou.

O gol deixou o estádio em festa, mas não foi visto como o fim do mundo para o Fluminense. Afinal, uma simples vitória de 1 a 0 na semana que vem classifica a equipe carioca.

FICHA TÉCNICA
EMELEC 2 X 1 FLUMINENSE
Local: Estádio George Capwell (EQU)
Data/Hora: 2/5/2013, às 22h30
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Auxiliares: Eduardo Diaz (COL) e Wilson Berrio (COL)
Cartão amarelo: Bagüi (Emelec); Leandro Euzébio (Fluminense)
Cartão vermelho: nenhum
Público/Renda: Não divulgado
GOLS: Leandro Euzébio, contra 32’/1ºT (0-1); Wágner, 43’/1ºT (1-1); Gaibor, 42’/2ºT (2-1)
Emelec: Dreer; Vera, Narváez, Morante e Bagüi; Pedro Quiñonez, Valencia, Jimenez (Caicedo, 7’/2ºT) e Corozo (Gaibor, 32’/2ºT); Mondaini e De Jesus (Angulo, 28’/2ºT) – Técnico: Gustavo Quinteros.
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Wágner (Felipe, 27’/2ºT); Wellington Nem (Samuel, 32’/2ºT), Rhayner (Thiago Neves, 18’/2ºT) e Rafael Sobis – Técnico: Abel Braga.


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