Política

Com mãe de Eduardo Campos e show de Chico César, Viaduto do Geisel é inaugurado

MOBILIDADE DA PB


20/12/2016

O Viaduto Eduardo Campos, popular Viaduto do Geisel, foi inaugurado oficialmente na noite desta terça-feira (20) com presenças ilustres, incluindo Ana Arraes – mãe do falecido que nomeia a obra. Além disso, um palco foi montado para abrigar a solenidade de inauguração e o show do catoleense Chico César. O evento aconteceu no estacionamento do Estádio Almeidão e contou com milhares pessoas.

Orçada em R$ 42 milhões, segundo o próprio governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), a obra é considerada a mais importante de mobilidade do município de João Pessoa. O custeio do viaduto, que demorou pouco mais que dois anos e meio para ser concluído, se deu com 60% de recursos estaduais com 40% de recursos federais. Segundo Simone Guimarães, superintendente de Planejamento, o Viaduto beneficia 100 mil pessoas que passam diariamente pelo local.

“Na época eu me dirigi a senhora presidente da República [Dilma Rousseff] para fazer uma pactuação [sic] que permitisse o Estado fazer a obra. Eu não consegui aquilo que achava que ia conseguir, que era no mínimo 90% da obra, mas consegui 40%. Tinha que resolver o mais grave problema de trânsito da região metropolitana de João Pessoa”, comentou Ricardo.

O governador citou que a obra passou por muitas provações, sem especificá-las. Disse também que o episódio com o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), no qual se acreditou em um boicote por parte do Governo Federal para com a Paraíba, foi devidamente superado.

“Em um determinado momento eu tive que dizer que faria esta obra, como se diz no popular, debaixo de pau e pedra. Nem que eu tivesse que pedir R$ 1 real ou R$ 5 reais a cada habitante dessa cidade, essa obra teria que ser feita. Apesar de alguns trabalharem contra permanentemente, alguns inclusive aqui no Estado da Paraíba, nós conseguimos restabelecer a ponte [com o Governo Federal] e tratar as coisas com a civilidade necessária. Eu tenho uma representação institucional e o ministro tem a sua representação e nós precisamos nos entender para poder fazer com que as coisas possam avançar”, citou.

Mãe de Campos se emociona com homenagem

Emocionada, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, mãe do homenageado que deu nome ao Viaduto, Eduardo Campos, falou à imprensa sobre o sentimento de felicidade de estar ali naquele momento. Campos foi candidato à presidência do Brasil em 2014, ex-governador de Pernambuco e ex-presidente nacional do PSB.

“Representa a grande marca que Eduardo deixou na sua vida. Ele deixou uma marca de unidade, de colaboração e Ricardo Coutinho [e Eduardo] trabalharam muito juntos. A gente também acha que essa marca deixa saudade”, disse.

Secretários enaltecem que BR não precisou ser paralisada

Os dois principais secretários envolvidos no desenvolvimento da obra, Simone Guimarães, da Superintendência de Planejamento, e João Azevêdo, da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos, ressaltaram o fato de que em nenhum momento a rodovia precisou ser interditada para o prosseguimento da obra – o que segundo eles, foi a equação mais difícil de ser solucionada em termos de logística do Viaduto.

“Nunca paralisou [Ricardo Coutinho] a obra, apesar de todas as adversidades e dificuldades que enfrentamos ao longo do percurso, sejam elas de ordem financeira, política e também técnicas que nós pudemos contorná-las sem nunca precisar paralisar uma BR que entra na Capital do nosso Estado. Então isso por si só já mostra a magnitude da obra como a competência dos envolvidos nela”, lembrou Simone.

“Você imagine o que foi executar essa obra com essa grandiosidade sem nós termos interrompido o trânsito um dia sequer. Essa foi a maior dádiva que nós tivemos. A equipe da Suplan e toda a equipe do governo demonstrou uma competência enorme na construção de uma obra como essa. Foi um jogo de xadrez para evitar que tivesse uma interrupção”, comemorou João Azevêdo.

"Canal de transportar sonhos"

O cantor e compositor paraibano Chico César, que deu um show para o público presente, com seu olhar poético, enalteceu que a obra estruturante é um canal para transportar pessoas e não puramente máquinas automotivas.

“Falamos do direito de ir e vir e essa obra ajuda, cria um canal. É importante pensar que não é só um canal de escoamento de automóveis, mas de pessoas, de vidas, de emoções, de sonhos”, refletiu.



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