Futebol

Com gol no ínico e lesões, Timão vence em Campinas e afunda Bugre

paulista


24/03/2013



 Com a força máxima disponível neste domingo, o Corinthians não teve uma atuação de gala, mas fez o suficiente para vencer o Guarani por 1 a 0 no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, e novamente afastar a “síndrome de empates” vivida neste Campeonato Paulista. O peruano Paolo Guerrero marcou o único gol do confronto.

O resultado ainda não colocou o Timão no G-4 da competição, posição estabelecida pelo técnico Tite como meta para a primeira fase. Agora com 25 pontos, o Corinthians passou a ocupar a quinta colocação do estadual, perdendo para o quarto, Botafogo, nos critérios de desempate. O Bugre segue em situação complicada na briga contra o rebaixamento: sem vencer há seis jogos, o time é o 18o, com nove.

Apesar da vitória, duas substituições no primeiro tempo deixaram os corintianos ressabiados: o goleiro Cássio e o meia Renato Augusto tiveram de deixar o gramado com lesões no quadril e na coxa, respectivamente. Ambos serão avaliados pelo departamento médico, mas, reclamando de muitas dores, podem ser desfalques nas próximas partidas.

De folga da Taça Libertadores da América até o início de abril, o Corinthians volta a campo pelo estadual na quarta-feira, contra o Penapolense, no Pacaembu, às 22h. Já o Guarani viaja a Itápolis, onde enfrenta o Oeste, no estádio dos Amaros, quinta, às 21h.

Domínio, mas com ‘bruxa solta’

O ambiente no Brinco de Ouro nem de longe lembrava aquele onde, há 25 anos, o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista de 1988. Com um dos maiores setores do estádio interditado, o público nas arquibancadas deixou a desejar. Já os torcedores alvinegros, que encheram o setor visitante, puderam comemorar rapidamente, graças à eficiência do seu setor ofensivo.

Novamente entre os titulares, Emerson, que vinha embalado por duas boas atuações consecutivas e um gol no empate com o XV de Piracicaba, acertou passe preciso para Paolo Guerrero. Dentro da área, o artilheiro do Corinthians na temporada não perdoou e chutou forte para marcar seu oitavo gol em 2013. Banho de água fria para os donos da casa.

Aproveitando-se da liberdade pelo lado esquerdo do campo, o Timão ditou o ritmo da partida desde o início. Renato Augusto obrigou os marcadores a se movimentarem o tempo todo e arriscou bons chutes de fora da área – um deles foi defendido de forma estabanada por Leo, enquanto o outro quase acabou em rebote para Guerrero, próximo à pequena área do Guarani.

Acomodado com o resultado, o Corinthians não se esforçava muito para continuar levando perigo ao adversário. O primeiro mau momento alvinegro na partida não foi proporcionado pelo Bugre, mas em um lance casual: o goleiro Cássio, de volta à equipe após dois jogos de afastamento devido a um edema na coxa, sentiu lesão no quadril, e teve de deixar o campo para a entrada de Danilo Fernandes.

E a bruxa estava mesmo solta do lado corintiano. Principal responsável pela criação de jogadas da equipe, Renato Augusto sentiu a coxa direita ao tentar uma arrancada e desabou no gramado. Com dores, o jogador não conseguiu sequer se levantar para ser substituído por Jorge Henrique – foi de maca para o vestiário.

Sem muitas alternativas, o Guarani mal rondava a área do Corinthians. Os únicos dois lances que arrancaram gritos de animação da torcida foram do atacante Ronaldo, que recebeu bons passes dentro da área, mas acabou neutralizado em ambas as oportunidades – pelo zagueiro Gil e pelo lateral Igor. Os consecutivos impedimentos do ataque bugrino irritaram os torcedores, que xingaram o árbitro e os auxiliares na saída para o intervalo.

Vantagem mantida

Coadjuvante na etapa inicial, o Guarani assustou o Corinthians em sua primeira subida ao campo de ataque no segundo tempo. Pelo meio, Coutinho tabelou com Fernando Gaúcho, que fez bem o pivô e devolveu na medida para o meio-campista disparar chute forte, rente à trave direita de Danilo Fernandes. O goleiro do Timão se esticou, mas não encontrou nada.

A postura bem mais cautelosa dos visitantes fez com que o Guarani se arriscasse com maior frequência no setor ofensivo. Mas as falhas de posicionamento continuavam atrapalhando o time de Campinas: além dos passes errados, o Bugre pecava pelo excesso de impedimentos e tornava os lançamentos longos uma arma de efetividade nula.

Seguro na defesa, o Corinthians passou a valorizar a posse de bola. Nem mesmo Jorge Henrique arriscava suas arrancadas características – preferia cadenciar os passes ao lado de Danilo no meio-campo. Raramente acionados, Emerson e Guerrero tornaram-se mais espectadores que atacantes. Assim como Danilo Fernandes, que não tinha oportunidade de demonstrar serviço.

Nos minutos finais da partida, quem roubou a cena foi a chuva. Uma tempestade com raios e muito vento caiu sobre o Brinco de Ouro da Princesa. Os torcedores se animaram, mas o marcador continuou inalterado. Melhor para o Timão, que segue na briga para entrar no G-4. Pior para o Bugre, cada vez mais perto do rebaixamento à Série A2.



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