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Com Cielo, Brasil já tem 28 atletas garantidos no Mundial de piscina curta

Mundial


07/09/2014

Na mesma equipe, veteranos de até três Olimpíadas e atletas que conseguiram, pela primeira vez, índice para uma grande competição. Ainda com algumas pendências, a Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA) anunciou a seleção brasileira para o Campeonato Mundial em piscina curta, que será realizado em Doha, no Catar. A única seletiva para o evento foi o Troféu José Finkel, encerrado no sábado. Foram 40 quebras de recordes, sendo dez sul-americanos. Além disso, foram 28 atletas com índices para o Mundial de Piscina Curta de Doha, sendo 18 para provas individuais. O gerente da natação brasileira, Ricardo de Moura, prefere não prever conquista de medalhas no Mundial de Doha. Para ele, a disputa é mais um degrau na evolução da natação brasileira:

– Para os mais jovens, o objetivo é entrar no jogo, colocar essa moçada nova para encarar desafios. As medalhas são consequências – afirmou o dirigente.

O último a carimbar passaporte para Doha foi Henrique Martins, que conseguiu índice para seu primeiro mundial adulto ao terminar os 100m livre em segundo lugar com o tempo de 47s33. O prêmio veio instantes após a prova: um abraço do campeão olímpico Cesar Cielo. Cesão, por sua vez, nadará no Mundial os 50m e 100m livre, além do revezamento 4x100m livre:

– Eu não vou nadar os 50m borboleta porque, no Mundial, será disputada no mesmo dia que os 50m livre. Mas o Nicholas Santos tem totais chances de ganhar esse ouro – disse Cielo.

O Nicholas, citado por Cielo, é o mais experiente do time. Aos 34 anos, irá disputar seu décimo mundial e nadará em busca do bicampeonato nos 50m borboleta. Outro que tentará o segundo título é Felipe França, medalha de ouro em 2010. No Troféu José Finkel, o atleta do Corinthians venceu os 50m e 100m peito com o melhor tempo do ano no mundial.

Se na maioria das competições, é Thiago Pereira quem faz índices para inúmeras provas, seu xará Thiago Simon foi quem conseguiu uma proeza: índice para nadar quatro provas na competição: 100m, 200m e 400m medley, e os 200m peito. Outra que poderá nadar até quatro provas individuais é Etiene Medeiros, que conseguiu índices para os 50m e 100m costas, 50m livre e 100m borboleta.

Na seleção para Doha está até quem retornou depois de muito tempo ausente. Fora da seleção desde 2009, Lucas Salatta conseguiu índice para nadar os 200m borboleta em Doha: – Eu estava esperando esse índice. Fiquei muito feliz em voltar ao time – disse o atleta de 27 anos, que representou o Brasil nas Olimpíadas de 2004 e 2008.

NEM TUDO ESTÁ DEFINIDO

Ainda existem algumas pendências com relação à participação brasileira no Mundial de Doha. Alguns atletas, apesar dos índices conquistados, podem desistir da competição, como são os casos de Leonardo de Deus, Bruno Fratus e Felipe Lima.

Também há uma dúvida quanto à prova dos 100m borboleta feminino. Três atletas fizeram o índice: Etiene Medeiros, Daynara de Paula e Daiene Marçal Dias. Existe uma grande chance de Etiene desistir de participar desta prova, já que conseguiu a marca em outras três disputas, o que faria com que Daiene entrasse na lista para Doha.
A Confederação espera divulgar a seleção confirmada para o Mundial ainda nesta semana.

REVEZAMENTOS EM DOHA

O programa de provas na competição asiática traz 12 revezamentos, o dobro de uma edição de Jogos Olímpicos. O Mundial de Doha terá a inclusão de revezamentos mistos, com dois homens e duas mulheres, uma inovação que começou nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010, passou por etapas da Copa do Mundo e agora, pela primeira vez, aparece em um campeonato do mundo adulto. No Catar, serão disputados as provas do 4x50m medley e o 4x50m livre. O supervisor da natação brasileira, Ricardo de Moura, não descarta a participação em todas as provas por equipes, mas fala em prioridades:

– Os revezamentos olímpicos, que são o 4x100m livre e medley, e o 4x200m livre, são o foco. O resto não é uma grande prioridade, não sabemos ainda o que vamos fazer – disse o dirigente.

A melhor campanha da história do país no Mundial aconteceu em 2010, quando o time terminou com oito medalhas, três ouros, uma prata e quatro bronzes.

Atletas que conquistaram índice para o Mundial

Etiene Medeiros – 100m costas- 57s53 / 100m borboleta 57s40 /50m livre 24s58 / 50m costas 26s22
João de Lucca- 200m livre- 1m43s19 / 100m livre 47s33
Guilherme Guido – 100m costas – 50s50
Thiago Pereira – 100m medley- 52s45
Thiago Simon- 100m medley- 53s07 / 200m peito- 2m04s28 /400m medley 4m06s38 / 200m medley 1m54s53
Nicolas Oliveira- 200m livre- 1m43s74
Nicholas Santos – 100m borboleta – 50s60 / 50m borboleta 22s63
Marcos Macedo – 100m borboleta- 50s45
Daynara de Paula – 100m borboleta – 57s77

Felipe França – 200m peito – 2m04s50 / 100m peito 58s25 / 50m peito 25s88
Daynara de Paula- 100m borboleta 57s64
Daiene Marçal – 100m borboleta 57s64
Graciele Hermann – 50m livre – 24s45
Cesar Cielo – 50m livre- 20s68 / 50m borboleta 22s46
Bruno Fratus – 50m livre- 21s40
Larissa Oliveira – 50m livre- 24s41
Felipe Lima – 100m peito – 57s99
Leonardo de Deus – 200m borboleta- 1m53s11
Lucas Salatta – 200m borboleta 1m53s75
Henrique Rodrigues – 200m medley- 1m56s11
João Gomes (Pinheiros) – 50m peito

Revezamentos (Equipes podem ser modificadas até o início do Mundial)

Revezamento 4x200m Livre Feminino – Larissa Oliveira, Jessica Cavalheiro, Manuella Lyrio e Giovana Diamante
Revezamento 4x200m Livre Masculino – João de Lucca, Nicolas Oliveira, Gustavo Godoy e Fernando Ernesto
Revezamento 4x100m livre masculino – Cesar Cielo, João de Lucca, Henrique Martins e Nicolas Oliveira
Revezamento 4x100m livre feminino – Larissa Oliveira, Daynara de Paula, Alessandra Marchioro e Graciele Hermann
Revezamento 4x100m medley feminino – Larissa Oliveira, Daynara de Paula, Ana Carla Carvalho e Etiene Medeiros
Revezamento 4x100m medley masculino – Cesar Cielo, Nicholas Oliveira, Felipe França e Guilherme Guido



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