Paraíba

Com 8,2%, açude de Boqueirão sai do volume morto


21/08/2017

A cinco dias para a data anunciada pelo governo do Estado para o fim do racionamento em Campina Grande e mais 18 cidades da região, o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) atingiu nesta segunda-feira, 21, a marca dos 8,2% de sua capacidade total, percentual que representa a saída do volume morto.

Na prática, isso significa que não será mais necessário o uso do sistema de bombas flutuantes para captação da água do açude, que voltará a ser feita através da tomada de fundo do reservatório (por gravidade), aumentando a capacidade de retirada e distribuição de água.

O dado foi confirmado pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Atualmente o manancial está com quase 34 milhões de m³ de água e a previsão da Cagepa é que até o sábado (26), data marcada para o fim do racionamento, o aporte chegue aos 35 milhões de m³.

Após vários meses em colapso, o Epitácio Pessoa começa a reagir devido à chegada das águas da transposição do rio São Francisco. O período mais crítico, antes do reforço hídrico, se deu quando o açude chegou a apresentar menos de 3% de seu volume total.

Com a decisão do governo do Estado em determinar a normalidade do abastecimento, instaurou-se uma polêmica entre especialistas em recursos hídricos, políticos, Ministério Público, Defensoria Pública, imprensa, por acreditarem que o fato de sair do volume morto não credencia o açude para o fim do racionamento, devido à baixa vazão das águas do São Francisco que chegam ao Boqueirão.

De acordo com o Estado, esta estaria sendo comprometida por conta de manutenção preventiva em bombas das estações elevatórias, desvios de água ao longo do rio Paraíba – que já estão sendo investigadas – e o abastecimento para cidades do Cariri.

Ainda conforme o governo, o aporte hídrico que fica diariamente no açude seria suficiente para cessar a contenção, e há ainda a tendência da normalização da vazão com a volta das bombas.



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