Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Veneziano se prepara; Oposição também


14/06/2007

Foto: autor desconhecido.

BELO HORIZONTE – Durante os últimos dez dias, além de muitos outros assuntos tratados com importantes personagens da cena política paraibana, a Coluna buscou compreender o cenário de Campina Grande ouvindo muitos dos nomes envolvidos na peleja, entre eles o prefeito Veneziano Vital.

A dados de hoje, muita gente não se apercebe, mas já agora o “Cabeludo” se estrutura, aceleradamente, para o novo embate em 2008. Aliás, em recente conversa com o Colunista em visita feita por ele ao WSCOM Online e à Revista NORDESTE acompanhado do disciplinado e expert Alex Azevedo, sem que segurasse diante da pergunta se ele será mesmo candidato, ele disparou:

– Ainda é muito cedo para tratar de sucessão, mas se o instituto da reeleição existe parece natural que ele seja exercido inclusive em Campina Grande – disse ele com todas as letras, sem adicionar: “Os números que dispomos das pesquisas são muito estimulantes”.

Veneziano, de fato é esperto – como diria Barbeirinho, o ‘homem” que faz a cabeça (é barbeiro) dos ‘cabeça’ do bairro da Torre. As palavras ditas como jogo de expressão pelo prefeito reproduzem na prática esse conceito de quem se dispõe a continuar no cargo mais importante da cidade onde abriga seus mais fortes oponentes, a partir do Grupo Cunha Lima – leia-se Cássio, Ronaldo e cia.

Em síntese, ele faz de conta que não é, mas todos os seus passos e atitudes tomadas até agora sinalizam nessa direção.

– Você se sente uma opção para 2010 (Governo do Estado) – indaguei a Veneziano sob o olhar atento de Pablo. O prefeito, apressado, foi logo dizendo:

– Vamos devagar, pois não podemos queimar etapas, até porque sequer ainda fechei o ciclo primeiro da eleição do próximo ano, portanto nem é hora de falar sobre isso – declarou, repetindo a mesma faceta de quem usa das palavras, mas no brilho dos olhos está estampado o desejo de ir à disputa estadual, antes precisando ratificar seu prestígio na Serra da Borborema.

Noutro instante, outra pergunta na bucha: “O se se considera Ricardo Coutinho como aliado, parceiro de chapa, enfim, podem estar juntos ou separados? – indaguei, sem receios. A resposta veio na rapidez esperada.

– Já lhe disse, mas vou repetir, não vou entrar nessa de antecipar projeções de médio alcance, como se dará na disputa estadual, se ainda não superamos a fase anterior da eleição municipal. Tudo vai depender da próxima conjuntura – afirmou com segurança.

Do ponto-de-vista estrutural, o mais importante ele disse na seqüência: “Agora, posso dizer hoje que conheço a máquina administrativa e sua potencialidade de ação junto ao povo de Campina Grande para gerar conceito a partir do que se possa ter a partir do trabalho desenvolvido a seu favor” – assegurou ele, observando, em seguida, que “por mais que ousasse imaginar saber do significado dessa estrutura enquanto vereador, hoje posso afirmar que não sabia de nada”.

A fala (a última) traduz muito para o momento de domínio sobre a estrutura, onde ações de Governo podem se transformar em forte impacto diante das realidades de economia frágil – algo que a Oposição (governo no estado) sabe disso.

Por isso mesmo, mesmo sem alardes, volta e meia Ronaldo e Cássio reúnem amigos/aliados em Campina para conversas que traduzem a preocupação desse cenário.

Ronaldo Cunha Lima, por exemplo, disse-me que passou os últimos dias em Campina ouvindo muita gente chegando a ficar convencido de que todos acordam e acham ser a melhor hipótese a de lançar um só candidato já no primeiro turno ( o que estiver em melhor avaliação eleitoral), e não a pulverização de nomes.

Em síntese, Veneziano está mais arrumado em termos de formatação de meio para sua reeleição de que seus adversários.

Pedra do Reino

Desde ontem, a Rede Globo apresenta a minissérie “Pedra do Reino”- o texto renomado e reconhecido de Ariano Suassuna, aos 80 anos, considerado o intelectual do ano brasileiro.

Agora, a formatação da linguagem e dos símbolos apresentados pela microssérie não permite um entendimento popular simplório porque, da forma como foi produzida, gera a sensação de atrair mais a aprovação dos intelectuais.

BH como exemplo

Não vou falar de nomes porque não precisa, mas quem chega a Belo Horizonte com qualquer que seja a tarefa, percebe sem dificuldades que a capital mineira vive em obras.

Detalhe: a prefeitura é comandada pelo PT enquanto o governo pelo PSDB.

Isso, entretanto,não interfere em nada nas conquistas (muitas) dos habitantes de BH.

Perto de mim, ouvi a frase famosa: “ah se isso fosse assim em João Pessoa!”. Eu pergunto: por que não é?

Divisão perigosa

Impressiona como a avidez e/ou o sonho do poder tomou conta de diversas figuras próximas do senador José Maranhão ainda olhando para a sessão dos cheques da FAC como “a tábua da salvação”, isto é, jurando de pés junto que o resultado será pela cassação do governador Cássio.

Até distribuição de cargos (em tese e inexistentes) isso já está acontecendo.
Surrealismo ou não, mas é isso o que tem sido gerado.

Que coisa!

Em Brasília

O ex-suplente de senador, Robinson Viana, se mantém em Brasília com diversos projetos desenvolvidos na área empresarial.

Vez por outro tem se encontrado com o ex-senador Ney Suassuna, mas sem revelar quais os novos projetos.

Última

“Só eu sei/
os desertos que atravessei…


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