Paraíba
URGENTE – Uma Governança para o Centro Histórico
17/02/2022

Largo de São Pedro, no bairro do Varadouro, no Centro Histórico de João Pessoa (Foto: reprodução)
Assumir a gestão de uma cidade não é tarefa fácil. Administrar a terceira Capital mais antiga do país, João Pessoa, requer um olhar totalmente dinâmico com relação as suas diversas áreas. A começar pelo começo, onde foi fundada a cidade, às margens do Rio Sanhauá, imenso patrimônio histórico parece praticamente esquecido, abandonado, aguardando solução urgente. Integram alí os bairros do Centro, Varadouro, Jaguaribe, Tambiá e Trincheiras.
Pensar a cidade, sua extensão imobiliária que hoje direciona muito mais para as praias e bairros do sul, pede planejamento, estruturação, novas tecnologias, etc., e um olhar totalmente voltado para o cidadão. É nisso que o Prefeito Cícero Lucena foca suas ações, inclusive, já diz isto no slogam de campanha: João Pessoa, cidade que cuida.
Pois bem, apesar de não ser técnico especializado, e aqui peço um desconto se escrever bobagem, mesmo como jornalista e gestor de marketing cultural, participamos desde 2013, em Recife e São Paulo, de alguns eventos ligados ao desenvolvimento das chamadas cidades inteligentes, os Smart City Business, tratando de temas ligados ao planejamento urbano, à qualidade de vida dos cidadãos, planejamento verde, saúde, educação, turismo, tecnologia, cultura, e muito mais.
Aprendemos muito a ver, identificar, diagnosticar as problemáticas existentes nas cidades, planejamento estratégico, design e arquitetura urbana, a mobilidade, tráfego, e muito mais.
No caso em evidência, acreditamos que se faz necessário constituir uma Governança, específica para cuidar do Centro Histórico. Essa é uma das nossas sugestões, diante do fato de haver já se passado um ano e dois meses da nova gestão, e a cidade assistir a tudo com sede de novas fontes de investimento no sentido de inovação.
Não é admissível, passar no Ponto de Cem Réis, centro, e ver dezenas de famílias dormindo e sobrevivendo nas calçadas, quando ao redor existem mais de três grandes edifícios abandonados, e que bem poderiam ser ocupados com um plano de novos endereços residenciais de perfil popular. Reorganizar os espaços de comércio informal, propor políticas públicas localizadas, etc.
Uma Governança que pudesse se preocupar em tratar os assuntos específicos da área do Centro Histórico, entregando de forma resumida ao Prefeito, as ações imediatas a serem postas em prática, e dando ressignificado àquela área, com resultado para a sociedade.
Não apenas a instalação anunciada de um Pólo Tecnológico de Inovação, como fez o governador João Azevedo, em janeiro de 2021, testemunhado pelo prefeito e várias autoridades, mas investimentos na segurança, programação de acolhimento aos turistas, apoio aos comerciantes, instalação de novos centros de estudos, universidades e empresas, e restaurantes, capacitação de profissionais, e uma contínua programação cultural movimentando a economia de forma inteligente e sustentável.
Um olhar para o Centro Histórico, preservando e traduzindo-o para a inovação como hoje se faz em Portugal, Espanha, até mesmo aqui próximo, em Recife. Uma Governança com estatuto próprio, com a participação da Academia, dos técnicos, empresários, uma programação de Fóruns e outros eventos que viessem debater a sua instalação e manutenção sustentável e muito mais.
E naturalmente a criação de um Departamento de Captação de Recursos para atrair investimentos dos grandes bancos, das grandes empresas de marcas nacionais e internacionais como a Microsoft, Samsung, Nokia, e outras, só para citar algumas. Marcas interessadas em interagir e manter-se presentes, dando oportunidade a jovens e outros cidadãos, onde há esse tipo de ação.
Por enquanto, é esse o nosso recado de apoio ao bom trabalho exercido pelo senhor prefeito, Cícero Lucena, sabendo da sua inteligente competência para administrar a cidade que tanto amamos.
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